Erros financeiros que estão prejudicando seus negócios

Erros financeiros que estão prejudicando seus negócios

A gestão financeira é uma ferramenta administrativa importante para o crescimento e sucesso de qualquer negócio. No entanto, independente do tamanho, segmento e tempo da empresa, muitos empreendedores ainda cometem erros envolvendo finanças.

A falta de capital de giro, de controle no fluxo de caixa, dívidas e impostos atrasados são alguns dos problemas que acabam comprometendo seriamente o controle financeiro corporativo, podendo até levar à falência.

Não saber precificar corretamente seu produto ou serviço também é outra questão bastante comum. Para facilitar essa prática, o Sebrae disponibiliza opções de planilhas e conteúdos gratuitos e on-line como, por exemplo, o curso: Como definir preço de venda. Nele você aprende a calcular gastos, margem de lucro e o ponto de equilíbrio operacional do negócio, para a melhor formação de preço em sua empresa.

Acesse o curso: Como definir preço de venda

Afinal, todo empreendedor quer atender as demandas do seu cliente com preços justos e atrativos, mas sem prejudicar sua margem de lucro, não é mesmo?

Você tem dúvidas sobre gestão financeira, definição de valores e práticas comerciais? Acompanhe abaixo algumas dicas que podem te ajudar!

Vamos conhecer os 10 erros mais comuns da gestão financeira?

01) Orçamento ruim

Quando você está começando, especialmente quando está pagando todas as despesas com seus próprios recursos, é fácil pensar que ficará dentro de um limite razoável, já que decide quando e quanto gastar.

O problema com essa lógica é que você está administrando seu negócio sem foco na lucratividade e retorno financeiro. Sem um roteiro, fica difícil, senão impossível, chegar ao seu destino. Portanto, sempre crie um orçamento com antecedência. Tudo bem se precisar ajustar à medida que avança, mas ter um plano formal mantém seus objetivos em mente e te ajuda a trabalhar para alcançá-los.

02) Não prestar atenção suficiente às taxas de juros de empréstimos e outros encargos

Faça uma auditoria de quanto você vai pagar de taxas de juros e encargos adicionais antes de aceitar qualquer quantia.

Se já está preso a empréstimos, dê uma boa olhada nas taxas associadas e veja se pode fazer uma negociação mais favorável.

03) Confundir caixa e lucro

Um dos maiores erros financeiros que os empresários cometem é confundir dinheiro das entradas do caixa com lucro.

É fundamental ter bem claro quais são as despesas fixas e operacionais. O lucro é o resultado da diferença entre os custos totais e a receita.

Como você pode ver, ser rentável e ter dinheiro são duas coisas muito diferentes.

04) Gestão ineficaz do fluxo de caixa

Muitos negócios erram no gerenciamento do fluxo de caixa. Uma má administração das entradas e saídas, pode deixar a empresa sem capital para pagar funcionários ou matéria-prima, por exemplo.

Prever gastos e despesas alinhados às entradas é uma maneira de evitar esse desequilibro.

05) Fazer grandes compras muito cedo

Sua empresa pode precisar de muitos insumos, inclusive de alguns itens caros, como veículos ou máquinas. É bem possível que você também necessite de um espaço comercial ou de um local para operar. Mas tenha em mente que só porque algo é fundamental para o seu negócio funcionar, não significa que deva ser comprado.

Adquirir itens de alto valor agregado muito cedo pode deixar você sem capital. Isso também significa que provavelmente você vai pagar mais para financiar tudo o que investiria, se esperasse até que sua empresa estivesse financeiramente mais forte.

Comece apenas com o que é realmente necessário e opte por opções de baixo orçamento. Em seguida, compre de empresas próximas para garantir o melhor preço. Se você precisar de um item caro, explore todas as suas opções para ter certeza que está obtendo o melhor financiamento para seu estágio de crescimento.

06) Ter muito estoque

Às vezes, as empresas estocam porque temem que seu fornecedor fique sem algo ou, porque conseguem uma negociação melhor quando fazem pedidos em grandes quantidades.

Essas são até razões válidas, mas é importante considerar o custo desse excedente. O excesso de estoque ocupa espaço e consome dinheiro que poderia ajudar mais o seu negócio, se canalizado para iniciativas de crescimento.

07) Não ter um fundo de contingência

Uma emergência pode desequilibrar instantaneamente a balança, mesmo se você estiver gerenciando cuidadosamente o fluxo de caixa. Talvez um equipamento importante quebre ou seu fornecedor aumente inesperadamente suas taxas. Para isso, é importante ter um caixa reserva para não precisar recorrer à empréstimos.

Se não tiver alternativa, é fundamental ter cuidado ao obter financiamento e se atentar a todas as condições e taxas de juros.

08) Não ter capital de giro suficiente

O capital de giro é o dinheiro disponível para fazer sua empresa funcionar. Não é fluxo de caixa, lucro ou seu fundo de contingência. É o dinheiro que você tem disponível a qualquer momento para cobrir as despesas do seu negócio.

É aí que muitas empresas dão errado. Ao pensarem que estão preparadas para pagar suas contas porque têm lucro ou fluxo de caixa forte, mergulham em seu fundo de emergência quando as coisas ficam difíceis. Todas essas abordagens criam o risco de não conseguir pagar as contas à medida que elas chegam.

Se sua empresa não estiver em um estágio em que tenha organicamente capital de giro adequado para atender às necessidades diárias, esteja preparado com uma forma de financiamento de backup.

09) Não separar finanças empresariais e pessoais

Infelizmente, esse é um dos erros mais comuns de gestão financeira que muitas empresas cometem e pode ser um grande prejuízo a longo prazo. No varejo, onde o fluxo de compra e venda pode aumentar repentinamente, o dano pode ser ainda maior.

O fato é que, na empolgação de um aparente sucesso do negócio ou na grande vontade de ajudar a empresa, muitos sócios acabam misturando o capital pessoal com as finanças corporativas.

Um bom exemplo, é quando o empresário decide pagar as contas pessoais com o dinheiro da empresa e não repassa a informação ao setor financeiro. Ou ainda, quando há uma injeção extra de dinheiro para o desenvolvimento de algum projeto.

Para evitar esse cenário, é importante haver um consenso entre os sócios sobre a separação do patrimônio da empresa do capital financeiro de cada um. Cartões corporativos podem ser criados para facilitar o controle.

10) Falta de análise e acompanhamento do desempenho da empresa

Não basta acompanhar o fluxo de caixa, considerando apenas a diferença entre receitas e despesas. Também é necessário monitorar o volume de produtos e custo de estoque, o valor do salário recebido por sócios e funcionários, o número de vendas, entre muitas outras coisas.

A análise destes fatores só é possível se todas as operações estiverem registradas em um sistema de gestão que reúna todas as informações e possibilite a elaboração de relatórios periódicos. Assim, você conseguirá fazer comparações no futuro para tomadas de decisão mais assertivas sobre o desempenho da empresa.

Agora que já sabemos como evitar os erros mais comuns em gestão financeira, vamos aprender a calcular valor de venda?

Definindo o preço de venda

Além de cuidar da gestão financeira da empresa, outra questão que influencia diretamente em seu sucesso, e também pode se tornar uma armadilha, é a definição do preço de venda.

Você sabe diferenciar gastos de custos? Essa compreensão é de suma importância para um gerenciamento financeiro eficaz.

Todos os bens e serviços adquiridos por uma empresa são considerados gastos, e estão, predominantemente, relacionados a comercialização e administração de um negócio.

Já os custos são facilmente reconhecidos porque têm relação direta com a produção de um bem ou serviço.

Outro ponto importante, antes de precificar seu produto ou serviço, é compreender a diferença entre gastos fixos e variáveis.

Os fixos são aqueles que não variam e estão relacionados com contas como aluguéis, energia elétrica, IPTU, IPVA, água e parcela do empréstimo bancário, por exemplo.

Já os gastos variáveis são aqueles ligados a produção de bens, serviços ou vendas. Em outras palavras, são aqueles valores que só existirão com a efetivação da venda.

Conhecer a margem de contribuição dos produtos também é importante. Ela é o resultado ou sobra após a retirada dos gastos variáveis e vai contribuir para o pagamento dos gastos fixos.

Apresentamos algumas dicas iniciais para você aprender um pouco mais sobre gestão financeira e evitar erros desnecessários que podem prejudicar o seu negócio. O Sebrae disponibiliza diversos cursos gratuitos para empreendedores que querem se destacar no mercado.

Se atualizar e capacitar constantemente é uma maneira de facilitar o processo de empreender. No portal do Sebrae você encontra informações sobre cada um dos tópicos citados acima, além de muitos conteúdos especializados sobre diversos temas de gestão.

Se precisar de ajuda, acesse os nossos canais de atendimento e descubra outras dicas úteis para fazer a sua empresa decolar.

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Como definir o preço de venda para o seu produto ou serviço

Como definir o preço de venda para o seu produto ou serviço

Muitos empreendedores acreditam que para chegar ao valor atrativo e justo de um produto ou serviço, basta somar o preço de custo, à sua margem de lucro e aos demais gastos da operação.

Mas calcular o preço de venda envolve muitos outros aspectos, tais como conhecer o ponto de equilíbrio do seu negócio e os valores praticados no mercado.

Para ser uma empresa com uma política de vendas competitiva, é importante entender todos estes pontos de uma precificação eficiente. O curso gratuito e on-line do Sebrae: Como definir preço de venda pode te ajudar na formatação dos valores para comercialização e fazer com que o seu negócio se torne sustentável.

Acesse o curso: Como definir preço de venda

O curso vai te ensinar o que são gastos, custos e despesas; a importância da margem de contribuição, as etapas da formação do preço de venda e o tão importante ponto de equilíbrio.

Vamos começar entendendo melhor o que são custos e despesas do seu negócio?

Custos e despesas

Definir o seu preço é tão importante quanto a qualidade do que você vende e a estratégia de marketing utilizada para divulgar e comercializar seus produtos e serviços.

Antes de mais nada, você já se perguntou se os valores estabelecido sem sua empresa são realmente justos e competitivos? Para encontrar essa resposta, precisamos pensar um pouco sobre o que compõe um preço de venda e entender o conceito de gastos, custos e despesas.

Você sabe o que são os gastos da sua empresa? Os gastos são todos os bens e serviços adquiridos, compra de matéria-prima e a mão de obra utilizada na fabricação ou prestação do serviço. Na composição financeira do seu negócio, eles se dividem entre custos e despesas.

Os custos estão diretamente relacionados com a produção de um bem ou serviço e são por meio deles que a empresa consegue operar e chegar ao ponto de venda. Portanto, o aumento na produção sempre vai resultar na elevação dos custos.

As despesas estão mais ligadas a gestão do empreendimento e não influenciam ou colaboram diretamente para a produção de um bem ou serviço. Elas têm um papel importante no aumento ou redução dos lucros do seu negócio e, por isso, é importante ter esses valores na ponta do lápis antes de começar a operar.

São exemplos de despesas: contas de telefone, material de escritório, taxas bancárias e pró-labore. De modo geral, elas podem ser fixas ou variáveis.

As despesas fixas são aqueles valores que devem ser pagos independentemente do que foi produzido, como aluguel, Internet, contador e contas mensais. Ao contrário, as despesas variáveis são aquelas que dependem diretamente do quanto a empresa vende ou produz. Comissões sobre vendas e impostos fazem parte desse grupo.

Para manter a organização e o crescimento da empresa é fundamental administrar os gastos, separando a pessoa física da pessoa jurídica.

Essa atitude não só contribui para a elaboração do preço ideal de seus produtos e serviços, como evita eventuais confusões que podem afetar as contas. Estabelecer um valor para sua retirada mensal, por exemplo, ajuda a compreender bem a importância dessa separação porque fornece previsibilidade ao negócio. O pró-labore, remuneração do sócio ou gestor da empresa, precisa ser fixo para que a precificação seja feita de forma correta.

O segundo passo para formular seu preço de venda é entender como descobrir a margem de cada produto ou serviço.

A importância da margem de contribuição

Você sabe o que é a margem de contribuição? Ela é um indicador econômico importante para o seu planejamento financeiro e um dos principais itens dentro de um demonstrativo de resultado ou DRE.

Por meio dela, é possível entender como cada um dos seus produtos e serviços contribuem para o crescimento da empresa.

Com esse indicativo, você consegue apontar se sua receita é suficiente para pagar os custos e despesas fixas, tendo em mente a manutenção da sua lucratividade. Além disso, ele também serve para medir o desempenho e para entender quão saudável está a situação financeira do negócio.

A margem de contribuição também é conhecida como ganho bruto e representa qual será o lucro de venda de cada produto ou serviço e pode ser medida de duas maneiras:

  • Unitária: quando a análise é feita sobre um produto;
  • Total: quando a avaliação é realizada em toda a capacidade produtiva de um empreendimento.

Para encontrar esse indicador utiliza-se a seguinte fórmula:

Margem de contribuição = Valor das vendas – (custos variáveis + despesas variáveis)

Para saber antecipadamente quanto você precisará vender para pagar seus gastos fixos, vale anotar essa dica:

Se você multiplicar a margem unitária pelo número de unidades vendidas no mês, chegará ao montante de dinheiro destinado ao pagamento dos gastos fixos desse período.

Com isso, é possível se preparar para levantar recursos, caso não venda o suficiente.

Agora que você já conhece o que é a margem de contribuição, chegou a hora de colocar a mão na massa e definir o preço de venda dos seus produtos.

Como definir o preço de venda

Já sabemos que a margem de contribuição é um fator relevante para a formação do preço de venda de um produto ou serviço. No entanto, para formar o preço de venda é preciso ter em mente mais dois pontos:

  • Os gastos variáveis e despesas fixas
  • A margem de lucro que deseja ter em cada produto ou serviço.

Utilizando a fórmula abaixo é possível entender se a margem calculada está sendo suficiente para cobrir os gastos fixos:

Preço de venda = Gastos variáveis unitários (R$)x  100 [100% – margem desejada (%)]

Achou esta fórmula complicada? Existe uma forma mais rápida de fazer o cálculo para chegar aos novos preços: o markup. Esta é uma taxa aplicada ao custo (gasto) variável que resulta diretamente no novo valor de venda.

Para calculá-lo, basta dividir o preço de venda (PV) pelo valor de aquisição ou produção do bem e/ou serviço (VP).

Essa equação nada mais é que um fator de multiplicação, utilizado para padronizar os preços de venda. Excelente para usar em casos de custos uniformes, mas complexo em casos como o de negociação frequente de descontos com clientes.

Depois de aprender a calcular e definir o preço de venda do seu produto, chegou a hora de equilibrar seus gastos de acordo com a comercialização!

Como calcular o ponto de equilíbrio?

Você sabe quanto é preciso vender por mês para pagar todos os gastos fixos da sua empresa?

O momento em que as vendas e os gastos se igualam é chamado de ponto de equilíbrio. Nesse caso, o lucro da empresa em questão é zero.

Uma maneira de calculá-lo é:

Basta dividir os custos fixos pela margem de contribuição e então multiplicar por 100 para achar a porcentagem.

Em outras palavras, os gastos fixos são divididos pela margem que se deseja praticar.

O cálculo do preço de venda e o gerenciamento da margem de contribuição levam a uma estimativa do quanto é preciso vender em um período para “igualar os gastos e as vendas”.

Isso significa que é possível saber quanto é necessário vender no mês para gerar margens suficientes para o pagamento de todas as despesas fixas.

Mas fique atento! A soma de todas as margens (sobras) de seus produtos ou serviços, podem ser suficientes para cobrir os gastos fixos, mas isso não significa nem prejuízo, nem lucro.

Quando você aprende a formar o preço de venda, passa a ser capaz de estimar o quanto deverá vender para não ter prejuízo.

Com o cálculo do ponto de equilíbrio operacional é possível prever, aproximadamente, o quanto é preciso vender em um período. Para uma administração eficiente é preciso estar sempre alerta as margens praticadas em seus produtos e serviços.

Apresentamos algumas dicas iniciais para conhecer as principais metodologias e ferramentas para definir o preço de venda em sua empresa. Mas é possível ampliar seu conhecimento sobre o tema. O Sebrae disponibiliza diversos cursos gratuitos para empreendedores que querem se destacar no mercado.

Se atualizar e capacitar constantemente é uma maneira de facilitar o processo de empreender. No portal do Sebrae você encontra informações sobre cada um dos tópicos citados acima, além de muitos conteúdos especializados sobre diversos temas de gestão.

Se precisar de ajuda, acesse os nossos canais de atendimento e descubra outras dicas úteis para fazer o seu negócio decolar.

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3 passos para organizar sua vida financeira

3 passos para organizar sua vida financeira

Equilibrar os gastos e as necessidades ou desejos é uma prática saudável que ajuda a organizar sua vida financeira. E se o controle falta, o que acontece? A falta de organização nos faz trabalhar mais do que deveríamos. Já parou para pensar quanto tempo e energia perdemos pela falta de organização?

Na vida financeira não é diferente. Uma conta que esqueceu de pagar em dia, acaba virando juros a pagar por esse atraso. Não controlou o limite do orçamento? Falta dinheiro. O cheque volta, o cartão estoura. E se uma eventualidade bate a nossa porta? Os compromissos financeiros não param de acontecer.

Pense bem, os acontecimentos financeiros de hoje – as contas no seu vencimento, por exemplo –  já são de nosso conhecimento. Aliás, sabemos deles com antecedência, não é mesmo? Geralmente contas como de energia elétrica, água, aluguel, associação, condomínio, dentre outras, vencem nos seus respectivos dias, todos os meses. Se sabemos desses compromissos, o que falta para organizar a vida financeira? Talvez apenas um pouco de metodologia. Que tal 3 passos? Simples, não é mesmo? Vem comigo, e confira cada um deles.

Gestão da vida financeira

  1. Organização básica dos vencimentos

Para o próximo mês, faça uma lista de todas os pagamentos que são previstos. Lembre-se de incluir seus respectivos dias de vencimento. Por exemplo:

Dia 05 – Conta de energia

Dia 07 – Aluguel

Dia 09 – Seguro

É preciso ficar atento, pois muitas faturas ainda chegam pelos Correios. Com isso, nem sempre recebemos essas contas a tempo para pagamento, dentro do vencimento. Isso pode causar despesas financeiras desnecessárias, em razão do atraso.

Se você tem acesso à internet, procure fazer um cadastro no site das empresas de cada uma das contas. Você pode receber avisos de pagamento por e-mail e SMS que facilitam o controle das contas. Além disso, se o dia do vencimento chegar, mas a conta não, você poderá pegar a segunda via com facilidade. Ou até mesmo o código de barras para que se possa fazer o pagamento dentro do prazo.

O débito automático na conta corrente também é uma boa alternativa. Ele permite para automatizar o processo de pagamento e evita esquecimentos. Inclusive, para alguns pagamentos recorrentes, temos a possibilidade de colocar no cartão de crédito. Mas, fique atento, a operadora de cartão de crédito pode cobrar juros caso a data da fatura do cartão seja diferente da conta que está sendo paga.

  1. Arquivo inteligente

Para facilitar o controle, você pode utilizar um calendário sempre à mão com as contas espalhadas nos seus respectivos dias de vencimento. Isso pode ser feito em um calendário de papel, ou de forma automatizada com lembretes por algum aplicativo para computador ou celular. Escolha a forma com a qual ficar mais à vontade para acompanhar.

Tenha também um arquivo com pastas para guardar os recibos devidamente separados por contas. Estes arquivos podem ser digitais. Ou seja, você pode tirar fotos ou utilizar na impressora multifuncional a função scanner. Depois de ter a imagem pode-se organizar as contas e recibos dos pagamentos em pastas separadas por meses e/ou pastas da conta. Esta organização evitará arquivos digitais espalhados e perda de tempo na procura.

Outra forma de arquivar é por meio dos organizadores. Este modo é mais tradicional, mas funciona muito bem. Pastas suspensas, pastas com elástico, envelopes etc. Isto irá facilitar a organização dos seus arquivos. Imagina, tudo arrumado e etiquetado? Sempre que precisar de um comprovante saberá exatamente onde está. É muito prático ser organizado!

Muito importante também é cuidar da segurança. Separe um local seguro para anotar todas as suas senhas de acesso à internet, contas bancárias, cartões de crédito e todos os códigos que utiliza. Isto é essencial, porque se você esquecer, sabe que pode contar com suas anotações.

Se não tiver um local apropriado para guardar todas as senhas, terá que contar com a memória. Ou pior, vai ficar perdendo tempo tentando lembrar os acessos. No meio de tantas tarefas que o dia a dia nos traz, já imaginou ficar buscando na memória onde guardou aquela carta com a senha que veio logo depois do cartão de crédito pelos Correios?

  1. Definição do plano financeiro

Depois de manter todos os registros financeiros organizados e atualizados, é hora de verificar os excessos. Afinal, um dos princípios fundamentais para organizar sua vida financeira, não é o quanto se ganha, mas o que se deixa de gastar. Então, vamos lá. Hora da faxina.

  • Verifique todos os desembolsos

E seja crítico fazendo algumas perguntas: preciso mesmo deste serviço de assinatura? Realmente utilizo todos os canais da TV a cabo? Estou frequentando a academia o quanto pago?

  • Defina limites máximos para cada pagamento

Por exemplo: estou disposto a gastar no máximo R$ 150,00 com energia elétrica, R$ 100,00 com conta de água, R$ 400,00 com supermercado, R$ 120,00 com lanches? Defina o valor máximo para cada conta, e concentre-se em respeitar esse limite. Pode ser que você descubra contas que podem ser reduzidas.

Fazendo isto você saberá antecipadamente o quanto de dinheiro irá precisar para o próximo mês. E, no decorrer deste tempo, o que precisa fazer é acompanhar para que não gaste além do planejado.

  • Verifique as datas de vencimento das contas

Os vencimentos estão de acordo com as entradas de dinheiro? Exemplo, até o 5º dia útil do mês está programado pagamentos de aluguel, funcionário e alguns fornecedores. Tem entrada de dinheiro suficiente para estes compromissos?

O ideal é equilibrar, os desembolsos programados com as entradas previstas. Caso seja necessário, entre em contato com os fornecedores de serviços recorrentes e modifique os vencimentos.

Outra boa prática é verificar no calendário, se já não tem pagamento previsto para a data, sempre antes de assumir um pagamento.

Estes três passos são simples. Mas muito importantes para começar a organizar sua vida financeira. Na medida em que eles se tornarem um hábito, você poderá um começo de organização financeira.

E por último, ser econômico hoje e possuir bons hábitos podem ajudá-lo a atingir os seus objetivos a longo prazo. Já pensou em como pode ser bom ter reserva financeira para alguma emergência, para educação dos filhos, para a compra de um imóvel ou mesmo para uma futura aposentadoria com certa tranquilidade?

Torne esses passos um hábito e você verá que é possível.

 

 

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Como elaborar – Controles Financeiros

Planejamento: processo para alcançar resultados

Planejamento: processo para alcançar resultados

Planejar é estruturar seu pensamento sobre o que efetivamente deseja para o futuro da sua empresa. Um planejamento cumpre o papel de definir o “ONDE” e “COMO” chegar ao resultado desejado. Esse processo torna o sucesso mais provável.

Quando planejar?

A maior parte das empresas trabalha com o ano contábil. No Brasil ele é igual ao ano 20calendário, que vai de janeiro a dezembro. Porém, o planejamento poderá ser revisado a qualquer momento dentro deste intervalo de tempo. Se você está planejando abrir, planeje. Se já abriu e está operando sem essa definição, planeje também.

Mãos à obra!

Divida a construção do planejamento em 4 Etapas a seguir.

Etapas do planejamento

1ª Etapa:

Quem Somos?

Nessa fase, relata-se a definição do Negócio. Você vai escrever o que faz, para quem faz e como é feito.  Dessas definições, sairão a Missão e a Visão da Empresa.

 Negócio

Em planejamento, o negócio é um conceito que gera valor percebido ao cliente. Essa ideia atende alguma necessidade ou desejo de um grupo de pessoas com disposição para pagar por isso. Descrever o negócio da empresa é descrever o que ela proporciona em termos de benefícios ou soluções aos clientes.

 Missão

É a razão pela qual a sua empresa existe. Descreve em linhas gerais onde a empresa vai atuar e qual será seu foco principal. É importante que seja curta, clara e de fácil entendimento.

Perguntas que facilitam a confecção da Missão da empresa:

1 – O que a EMPRESA deve fazer?
2 – Para QUEM deve fazer?
3 – Para QUE deve fazer?
4 – COMO deve fazer?

A definição do Negócio e da Missão são ações imprescindíveis para a elaboração do planejamento estratégico da empresa. Eles irão orientar os esforços de todos em uma direção comum. Uma missão bem escrita ajuda nas decisões do dia a dia da empresa.

 Visão

É a posição que queremos ocupar num cenário futuro, seja em negócios existentes, seja em uma nova composição de negócio. É um marco para um ponto de chegada, para a jornada que a empresa vai enfrentar nos próximos anos.

Perguntas que facilitam a confecção da Visão da empresa:

1 – Qual é o nosso objetivo?
2 – Qual é a força que nos impulsiona?
3 – Quais são os nossos valores básicos?
4 – O que mudaríamos?

2ª Etapa

Onde Estamos Hoje?

Trata-se de reconhecer e considerar a influência de fatores externos e internos no desenvolvimento do seu negócio. É importante pensar nos pontos fortes e fracos da empresa, suas limitações e seu potencial. Uma ferramenta muito útil para esse momento é a matriz FOFA ou SWOT, em inglês.

Ao determinar com assertividade o seu momento, será mais fácil projetar soluções e colocar-se de forma mais eficiente e competitiva.

3ª Etapa

Para Onde Vamos?

Com o momento atual devidamente colocado e com o olhar na Visão da empresa, os objetivos são definidos. Tanto gerais quanto específicos. Os objetivos são resultados que a empresa pretende alcançar, em um prazo determinado.

Devem ser quantifcáveis ou, no mínimo, constatáveis. Precisam ser relacionados definidos dentro de um horizonte de tempo. De maneira geral se relacionam com aspectos ligados a faturamento, rentabilidade,  posicionamento no mercado etc.

Quantos objetivos devemos produzir, depende do tamanho e da complexidade da empresa, mas certamente MENOS é MAIS.

4ª Etapa

Como Vamos Chegar Lá?

É hora da Definição das Estratégias. Estratégia é COMO vamos atingir um resultado.  É a forma através da qual os objetivos serão atingidos. Por isso, estão intimamente ligadas aos objetivos, definindo como a empresa caminhará em direção às suas metas.

Um Plano de Ação pode ser o resultado dessa reflexão. Bem aplicado, oportunizará a efetiva construção do futuro da empresa.

O resultado da sua reflexão preencherá um quadro como este:

FERRAMENTA CONSOLIDADA DO PLANEJAMENTO

CENÁRIO PONTOS FORTES PONTOS FRACOS OPORTUNIDADES AMEAÇAS

OBJETIVO GERAL

ESTRATÉGIAS 01 –
02 –
03 –
PLANO DE AÇÃO O QUE SERÁ FEITO? COMO SERÁ FEITO? QUEM FARÁ O QUÊ? ONDE SERÁ FEITO? QUANDO SERÁ FEITO? QUANTO CUSTARÁ?

 

Fique atento. Planejamento estratégico é um exercício mental de alta intensidade. Requer inteligência, ousadia e paciência. Aplique doses de rigor e apetite por risco. Seja diligente na aplicação do que foi decidido e aumente suas chances de sucesso.

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O impacto do estoque nas finanças da empresa

O impacto do estoque nas finanças da empresa

A saúde financeira da empresa é uma receita com vários ingredientes. Dentre eles, a gestão de estoque. O impacto do estoque nas finanças precisa ser observado, uma vez que o prazo de estocagem está intimamente ligado à necessidade de capital de giro.

Entenda o contexto: quanto menor os prazos concedidos pelos fornecedores, quanto maior os prazos de estocagem e prazos concedidos a clientes, maior será a necessidade de recursos para garantir a continuidade das operações.

Esta situação pode ser agravada com o volume elevado de compras, afetando a capacidade de pagamento da empresa. Para não cair nessa cilada, é importante ficar atento aos seguintes pontos:

  1. Controle as compras de acordo com a disponibilidade de caixa

Vejamos um exemplo: uma determinada empresa de comércio varejista opera com lucro. Mensalmente, entram em seu caixa, em média, R$ 30 mil. Suas despesas operacionais (fixas e variáveis) juntamente com pagamento de empréstimos e financiamentos são da ordem de R$ 13 mil.

Caso a empresa tenha compromissos com fornecedores num patamar superior a R$ 17 mil, haverá um desequilíbrio financeiro.

Perceba, que nesse cenário, o desembolso máximo para pagamento de mercadorias deve ser R$ 17 mil. Qualquer quantia acima desse valor, resultará em desequilíbrio nas contas. Lembre-se que é o limite máximo, o ideal é manter estes compromissos abaixo deste valor.

Muitas vezes, tentados por promoções de fornecedores ou vislumbrando grandes vendas em períodos futuros, os empresários assumem compromissos com valores maiores do que os que conseguem arcar. É preciso avaliar o risco e ter o cenário completo em vista antes de decidir.

  1. Avalie o estoque

Avaliar os produtos que já tem, tanto qualitativa quanto quantitativamente, é primordial. Só assim você vai entender o impacto do estoque nas finanças. Verifique o giro das mercadorias. Quanto tempo, em média levam para serem vendidas? Esse tempo é maior ou menor do que o prazo que o fornecedor oferece? Com essas respostas, analise e tome as providências necessárias.

Certifique-se de que o local de armazenagem, não “esconda” determinadas mercadorias, provocando compras desnecessárias ou perdas por prazo de validade.

  1. Questione a variedade de fornecedores

Outro quesito a ser questionado é se há concorrência entre mercadorias dentro da empresa. Pode acontecer de haver vários fornecedores de uma mercadoria com mesmo estilo ou aplicação. Ao adquirir tais mercadorias de diversas empresas, abre-se uma concorrência dentro da própria empresa, beneficiando os fornecedores em detrimento do equilíbrio financeiro.

No Sebrae Minas, sempre orientamos os empresários a manter um cadastro de fornecedores com ao menos três empresas para cada item. Isso não significa comprar o item nas três empresas. Significa pesquisar nas três, negociar e escolher a melhor opção para o seu negócio.

  1. Capriche na disposição dos produtos

A disposição da mercadoria no ponto de venda é igualmente importante. Constata-se, não raramente, que algumas áreas de exposição de mercadorias são confundidas com depósito. Esse erro prejudica o acesso dos clientes, a boa visualização das mercadorias e o giro dos estoques.

A lentidão no giro das mercadorias gera maior necessidade de recursos. Afinal, é preciso financiar os estoques. Portanto, a disposição dos produtos facilita a busca pelo equilíbrio da empresa.

Além de atentar para áreas que possam esconder os produtos, busque trabalhar o giro deles no ponto de venda. É aconselhável ter “pontos de ouro”: locais de fácil visualização, que valorizem os produtos. Estabeleça uma frequência de troca dos produtos nesses locais, de acordo com sua análise do estoque, com lançamentos e com promoções.

Vale destacar que alguns fatores do impacto do estoque sobre as finanças são condicionados pelo mercado. Nesses casos, a empresa tem pouca ou nenhuma influência sobre eles, como por exemplo, quando os fornecedores impõem volume de compras e prazos de pagamentos. Ainda assim, todo esse trabalho de gestão o ajudará a avaliar a proposta do parceiro e entender se ela cabe ou não no seu momento. Você pode não ter poder para definir volumes, por exemplo, mas o poder de decidir se compra ou não é seu.

Permanecer no mercado é um desafio para todo negócio. Este desafio tende a ser vencido quando o processo decisório é fundamentado em informações confiáveis. Use as orientações sobre estoque para desenvolver uma análise competente das informações gerenciais e promover a adaptação da empresa ao ambiente. Esse pode ser o ingrediente que faltava na sua receita de sucesso.

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Manual – Regras básicas para comprar bem

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