Ter seu próprio negócio é um sonho compartilhado pela maioria dos brasileiros. Porém, uma boa ideia de produto ou serviço nem sempre são suficientes para criar um negócio de sucesso, principalmente quando você não tem experiência no mundo dos negócios.

Mas, independentemente do quanto você esteja preparado para empreender, o mais importante é se dispor a sair de casa e ir à luta. Os empreendedores são aqueles que podem encontrar soluções inovadoras para diversos problemas atuais e, em cada solução, surge uma oportunidade de negócio. Essa é a importância do empreendedorismo para a sociedade.

Os passos da vida empreendedora começam pequenos. É como aprender a andar de bicicleta. Você não deixa alguém que nunca montou sobre uma bicicleta descer do alto de uma ladeira em alta velocidade. Tudo começa devagar, em um local seguro e usando “rodinhas”.

Assim como passear de bicicleta, empreender é uma atitude que pode ser desenvolvida, aprendida e praticada com o tempo. E para ajudar a esclarecer dúvidas sobre o universo empreendedor, selecionamos para você informações que podem ser úteis em seu início de jornada.

O termo empreendedorismo é relativamente recente e significa transformar ideias em algo capaz de solucionar problemas e melhorar a vida de pessoas. Mais do que isso, empreendedorismo é um modo de pensar, uma atitude que pode ser adquirida com muita dedicação e comprometimento.

O economista austríaco Joseph Schumpeter (1883-1950) associava a inovação com a capacidade de empreender. Schumpeter dizia que o mais importante é melhorar as coisas que existem e não só inventar algo totalmente novo. As mudanças e as melhorias, sejam de produtos ou de processos, devem ser constantes.

A partir dos conceitos de Schumpeter, várias definições surgiram sobre o termo. Na última década, empreender passou a ser um verbo conjugado por milhões de brasileiros dotados de atitude, criatividade e visão inovadora.

No entanto, para ser um empreendedor não é preciso abrir uma empresa. Você pode montar um negócio, mas também pode ajudar a melhorar a empresa onde trabalha, o seu bairro, sua escola ou sua cidade. Um traço comum dos empreendedores de sucesso é a capacidade de não se conformarem com o estado atual das coisas e nunca houve um momento tão especial para empreender.

O mundo está em constante transformação e enfrenta grandes desafios. São os empreendedores que encontrarão soluções para esses problemas. Iniciativas hoje bem-sucedidas começaram com pessoas apaixonadas, que transformaram ideias em produtos ou serviços. Que tal fazer parte deste seleto grupo de pessoas que fazem a diferença para a sociedade?

A vocação empreendedora do brasileiro é incontestável. De acordo com dados da pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor) um dos mais importantes estudos sobre o empreendedorismo no mundo, estima-se que 53,4 milhões brasileiros entre 18 e 64 anos já tinham um negócio (formal ou informal) e/ou que fizeram alguma ação, em 2019, com a pretensão ter um negócio no futuro.

A ideia de ter o seu próprio negócio é uma opção para muitos brasileiros e ao mesmo tempo um enorme desafio. De acordo com o estudo, um dos aspectos fundamentais para a compreensão do empreendedorismo está relacionado com as motivações que levam as pessoas a buscar essa atividade como alternativa para sobrevivência ou realização pessoal. Assim, o GEM classifica essa inspiração em duas categorias:

Empreendedorismo por oportunidade

Ocorre quando uma pessoa inicia um negócio principalmente pelo fato de ter identificado uma oportunidade de negócio viável a ser concretizada no ambiente em que atua. Exemplo: Se você se identifica com algum trabalho, deseja complementar a renda ou percebe que é o momento de ter o negócio que sempre sonhou, mesmo tendo outras alternativas de emprego e renda.

Empreendedorismo por necessidade

Acontece quando a decisão de abrir um negócio foi efetivada pela falta de outras possibilidades para geração de renda e de ocupação. Exemplo: se você está desempregado, não consegue uma recolocação no mercado e então abre uma empresa por não ter melhores opções.

Não há um tipo de empreendedor melhor que o outro. Mas o que faz com que empreendedores sejam empreendedores? Algum tipo de traço de personalidade, predisposição genética, uma condição psíquica ou simplesmente aproveitar oportunidades? Será que é possível aprender empreendedorismo?

Antes de tudo, uma pessoa empreendedora é alguém disposto a correr riscos para viabilizar um objetivo. É também um inconformado com a inexistência de um produto ou serviço, de um método eficiente de produzi-los ou de uma forma de melhorar a qualidade, a quantidade disponível ou o preço de venda.

Mais do que tudo são pessoas determinadas, visionárias, movidas pela vontade de fazer o bem e muito criativas para empreender. Por outro lado, são também capazes de romper práticas econômicas e criar novos paradigmas de competitividade e sustentabilidade. Neste contexto, destacamos sete características empreendedoras:

1) Persistência:

Qualidade que nos mantém motivados, mesmo quando somos pegos de surpresa. É persistência que faz com que aprendamos o que funciona e o que não funciona, e nos permite melhorar.

2) Resiliência:

É a capacidade de as pessoas voltarem ao seu estado normal após situações incomuns, o que torna os empreendedoras mais confiantes na resolução de problemas.

3) Mente aberta e criatividade:

Habilidade de expandir conhecimentos e deixar-se surpreender, aproveitando os livros, revistas, blogs e também a experiência de pessoas de diferentes mercados e áreas.

4) Mentoria:

É a competência de receber conselhos e aprender com quem tem mais experiência, para tomar decisões com mais segurança. Nada melhor que um mentor que esteve onde você está e chegou onde você ainda quer chegar.

5) Rede de contatos:

Ser comunicativo vai ajudá-lo a encontrar parceiros, divulgar seus projetos e muito mais. Pessoas com capacidade de tirar sua ideia do papel podem estar ao seu lado. Faça networking! Essa é uma excelente ferramenta para as carreiras de empreendedores e pode ser muito eficaz para desenvolver oportunidades e contatos de negócios.

6) Autoconfiança:

Buque sempre identificar seus pontos fortes. Explore e invista naquilo em que é bom. Muitos dizem que não empreendem porque falta de dinheiro, clientes, contatos ou até mesmo experiência. Lembre-se de conseguir o que falta a partir do que você já tem.

7) Equilíbrio:

Não há hora certa para empreender. Você pode fazer isso enquanto tem outra fonte de renda, testando e validando novas ideias no seu tempo livre. O mais importante é gostar de resolver problemas e melhorar a vida das pessoas.

Descobrir-se empreendedor e desenvolver atitudes é, talvez, o passo mais importante. Sua jornada será mais fácil entendendo que empreendedores de sucesso se formam ao longo do caminho. Cada desafio é uma oportunidade para aprender.

As atitudes empreendedoras se misturam umas com as outras, e, dependendo da situação, alguma ou algumas assumem maior ou menor importância. Adotar atitudes como as sugeridas aqui faz parte de uma decisão mais ampla: tornar seu empreendimento mais sólido e competitivo e não ficar esperando que o sucesso caia do céu. O objetivo é sempre tornar seu negócio mais lucrativo e sua vida melhor em todos os sentidos. Conheça seis dessas atitudes que podem fazem toda a diferença:

  • Estabelecimento de metas: o que quero alcançar? Quando? Como (estratégia)?
  • Planejamento: organize os detalhes do projeto. Saiba o que pode ser prevenido. Revise os planos a partir dos resultados que pretende obter.
  • Exigência de qualidade e eficiência: faça as coisas sempre melhor, mais rápido e mais barato.
  • Persuasão e rede de contatos: desenvolva e mantenha as relações comerciais.
  • Busca de informações: busque sempre mais conhecimento sobre seu negócio e informações do mercado: clientes, fornecedores e concorrentes.
  • Correr riscos calculados: reduza os riscos do seu negócio e/ou controle seus resultados.

Todo o empreendedor, ao abrir o seu próprio negócio, deseja obter retorno do investimento em curto prazo, mas é necessário trabalho árduo e paciência para tornar o empreendimento viável e bem-sucedido. Muitas vezes é necessário deixar a emoção de lado e investir em um processo realista e racional de avaliação, na busca de informações estruturadas para realizar o investimento.

Confira sete importantes dicas para a criação de um novo empreendimento:
Meio termo entre emoção X razão

A imagem de uma empresa bem-sucedida é bastante sedutora para os novos empreendedores, porém, é necessário ponderação. Busque análises estruturadas que facilitem e orientem a tomada de suas decisões.

Tenha conhecimento no ramo de atividade

A falta de conhecimento sobre a atividade na qual se deseja investir induz a erros previsíveis durante a criação de uma nova empresa, como a localização incorreta, mix de produtos não adequados ao público, preços distorcidos em relação ao mercado e posicionamento estratégico não alinhado ao ramo de atuação.

Pesquise o local de instalação

Para escolher o local, analise o processo de logística e venda do produto e serviço, facilidade de acesso dos clientes ao local, estacionamento, distância entre rodovias, sistema bancário, bem como todos os custos fixos envolvidos no imóvel para a instalação do empreendimento.

Conheça a legislação

Informe-se sobre os impostos para a abertura do negócio, consequentemente, a legislação trabalhista e tributária e os procedimentos específicos para a liberação do alvará de licença. A formalidade abre novos mercados ligados ao setor público e facilita o acesso às linhas de crédito específicas e com juros reduzidos.

Conheça o mercado

Antes de colocar um novo produto ou serviço no mercado e investir recursos, é importante conhecer quem são seus concorrentes e fornecedores, tendências e novos nichos de clientes.

Cuide das finanças

Faça um plano de investimentos que inclua a previsão de faturamento, cálculo dos custos fixos e variáveis e previsão de resultados (lucros e prejuízos). Isso é importante para garantir reservas financeiras, evitar grandes dívidas e ter equilíbrio nos dois primeiros anos de mercado, período em que a mortalidade das micro e pequenas empresas é maior.

Identifique-se com o seu perfil empreendedor

O perfil do empreendedor é baseado em um conjunto de fatores de comportamentos e atitudes que contribuem para o sucesso do negócio. Ou seja, a identificação do perfil é necessária para que se possa aprender a agir, adotando comportamentos e atitudes adequadas. Quanto maior esse conhecimento, aliado às experiências vividas pelo empreendedor na área ou em atividades similares, maiores serão as chances de ser bem-sucedido.

Determinação, foco e organização são características importantes para qualquer empreendedor. No mundo em plena transformação entre o digital e o físico, elas se tornam ainda mais necessárias. Portanto, é imprescindível que seu cérebro esteja cada vez mais ativo para ter ideias novas e melhores. Selecionamos algumas dicas que poderão ajudá-lo neste processo criativo:

  • Relaxe: para ter ideias é preciso estar em um estado de espírito tranquilo. Faça atividades que estimulem o seu relaxamento: meditar, dançar, cozinhar.
  • Seja curioso: aprenda outras coisas além da sua área principal de interesse, não tenha medo de saber mais. Conhecimento não ocupa espaço.
  • Mexa-se: faça uma caminhada. Ative sua coordenação motora e oxigene o cérebro. Permita-se ter uma boa noite de sono e momentos de diversão.
  • Redecore sua mesa, desktop ou o espaço de trabalho: mude a posição de mesas, cadeiras e livros, coloque objetos interessantes ao alcance da mão, provoque seu subconsciente.
  • Tome notas: boas “sacadas” tendem a desaparecer quando tentamos memorizá-las. Anote sem compromisso: desenhos ou mesmo palavras soltas. Gravar lembretes no celular podem ser uma opção quando o caderno não está ao seu alcance.
  • Desapegue: doe parte das suas coisas, empreste, troque. Faça o mesmo com suas ideias. Nunca tenha medo de que alguém as “roubem”. Quando ideias se encontram, elas se multiplicam.
  • Observe o mundo à sua volta: não precisa ir muito longe! Oportunidades estão em todos os lugares. Preste atenção no que está perto de você e que outras pessoas não enxergam.
  • Estude bastante: a inspiração não surge do nada. Pessoas criativas conhecem a fundo os temas sobre quais opinam. Busque sempre está bem informado ou/e se capacitar em qualquer que seja a área.
  • Tire um tempo para si: reserve de 15 minutos a meia hora, pelo menos três vezes por semana, para escrever, desenhar, tocar algum instrumento, tirar um cochilo ou até mesmo para não fazer nada.

A falta de planejamento tem sido a grande causa de fracasso no mundo dos negócios. Por isso é importante que o empresário defina com clareza metas e objetivos de forma clara para escolher o caminho que deseja seguir e não perder o foco da missão do negócio. Em outras palavras, antes de abrir uma empresa é necessário fazer um plano de negócio e verificar sua viabilidade econômica, financeira e de mercado.

Na prática, isso significa conhecer os custos para abrir o negócio, identificar qual cliente deseja atender, quem serão os seus concorrentes, a localização do seu ponto de venda, dentre outras coisas. Lembrando sempre que o planejamento é contínuo e fundamental para o sucesso da empresa.

Segundo levantamento do Sebrae, as principais dificuldades enfrentadas pelos empresários nos primeiros anos de mercado são a falta de clientes, capital, conhecimento e mão de obra. Para superar esses desafios, o empreendedor deve ficar atento e não misturar as despesas pessoais com as da empresa, estar aberto a críticas, fazer análises de viabilidade do seu negócio, buscar capacitações, não se acomodar e não centralizar.


Conheça os dez maiores erros cometidos pelos empreendedores:
  1. Não planejar.
  2. Não pesquisar sobre o mercado.
  3. Não formalizar a empresa.
  4. Não se identificar com a atividade escolhida e não entender o modelo de negócio que deseja abrir.
  5. Abrir um negócio “porque está dando dinheiro” (os famosos negócios da moda).
  6. Não definir corretamente seu público-alvo, achar que pode vender para todo mundo.
  7. Não divulgar.
  8. Não ter presença digital e canais de contato pela Internet.
  9. Não se preparar para administrar o negócio.
  10. Não se preocupar com a experiência e sucesso de seus clientes.

O sucesso de um empreendimento vem de vários fatores, que integrados e bem gerenciados podem contribuir para a continuidade e crescimento de uma empresa. Selecionamos algumas orientações que podem contribuir para a sua jornada empreendedora.

Porte do empreendimento

No universo de micro e pequenas empresas, o porte ou tamanho do negócio determina suas chances de sucesso. O empresário precisa perceber qual a hora certa de ampliar a empresa para aumentar seu faturamento, realizar empréstimos, desenvolver novos produtos, construir instalações, contratar novos funcionários, buscar novos fornecedores e ter uma atitude mais agressiva no mercado. É importante manter um equilíbrio nos investimentos durante os três primeiros anos de atividade, quando muitas empresas encerram suas atividades devido à essa perda de controle, ou seja, “por darem passos maiores que as pernas”.

Dedicação exclusiva ao negócio

Outro fator de análise de sucesso refere-se ao empresário que se dedica exclusivamente ao negócio, principalmente nos primeiros anos de atividade. Este envolvimento permanente contribui para que obtenha maiores chances de sucesso do que aquele que possui outra ocupação ou mais de um negócio ao mesmo tempo. Conciliar emprego fixo com uma atividade empresarial não é uma tarefa simples e aumenta a probabilidade de insucessos. A presença constante do empresário, demonstrando suas características e perfil empreendedor, é a base para ditar os rumos do negócio.

Gestão do empreendimento

Abrange todos os aspectos para a sustentabilidade do empreendimento como finanças, pessoas, marketing, vendas, produção, legislação. Nem sempre o empreendedor é um bom gerente, pois gerenciar é diferente de empreender. Mas se souber buscar pessoas que possam atuar como gerentes ou supervisores, desenvolvendo na empresa aquelas habilidades que complementam seu perfil, descentralizando o poder e dividindo o controle dos processos, poderá ter maiores chances de obter sucesso no direcionamento dos negócios.

Inovação para competir

Todos os negócios possuem concorrentes diretos ou indiretos. É primordial que o empreendedor esteja sempre acompanhando tendências e o que está sendo lançado principalmente de novas tecnologias e inovações do mercado. Para não perder espaço, é importante que de vez em quando sejam feitas análises de seus competidores e se busque informações (em feiras, na Internet e com clientes) que apontem para o desenvolvimento ou melhoria de seus produtos. Para se manter no mercado é necessário ter um diferenciais e vantagens competitivas.

Capacitação das equipes

Buscar e promover novos conhecimentos de forma presencial ou a distância é um aspecto necessário para gerenciar bem um empreendimento. Hoje o diferencial está nas pessoas que atuam na empresa e contribuem para seu crescimento. Todos precisam se atualizar constantemente, desde o diretor até o auxiliar, de acordo com a função que exercem. A empresa que investe em treinamento está em sintonia com o mercado, independentemente do seu porte.

Atendimento personalizado

Atender bem o cliente não é um diferencial para o negócio, pois deve fazer parte da razão de ser de qualquer empreendimento. Mas criar um atendimento personalizado e individualizado, com um banco de dados que conheça as características destes clientes e que permita antecipar as suas necessidades é um diferencial que mantém a fidelização e atrai novos clientes. Para atender bem é necessário equipes treinadas, qualificadas e que tenham prazer em lidar com pessoas.

Cooperação empresarial

Participar de encontros, seminários, palestras e eventos empresariais que promovam a interação entre empresários, além de trazer muito aprendizado, contribui para a criação, ou fortalecimento, de redes de relacionamentos, que podem ser muito benéficas para o crescimento de sua empresa e identificação de oportunidades de negócio.

As mulheres têm empreendido tanto quanto os homens. De acordo com a pesquisa GEM, metade dos brasileiros que estão tentando criar um negócio ou já são proprietários e administram um empreendimento com até 3,5 anos de mercado são mulheres.

No entanto, nem sempre foi assim. Algumas décadas atrás, mais precisamente aos anos de 1950, as mulheres só tinham acesso a subempregos, sem direito a uma carreira profissional. Apesar de muitas conquistas alcançadas desde então, a sociedade em geral ainda considera a mulher a principal responsável pela criação dos filhos, pelos cuidados familiares e serviços domésticos. E sofremos as consequências disso até hoje.

É importante que todos nós, homens e mulheres, saibamos que a equidade de gêneros não é apenas uma questão de feminismo, mas uma questão socioeconômica.

O empreendedorismo feminino é muito mais do que ter mulheres à frente de um negócio ou exemplos de empreendedoras. Ele promove a autonomia da mulher, contribui para o rompimento de barreiras sociais e é uma forma de garantir o sustento e a satisfação pessoal e de fazer a economia girar.

Estímulo às mulheres empreendedoras

Para incentivar cada vez mais o empreendedorismo feminino, foi criado o Sebrae Delas – Mulher de Negócios. O projeto do Sebrae Minas incentiva, apoia e orienta mulheres que transformam sonhos em oportunidades de novos negócios. Criado em 2018, a iniciativa já capacitou empreendedoras de norte a sul de Minas Gerais em palestras, encontros, workshops e eventos empresariais.

Quer saber mais? Então acesse o Instagram do Sebrae Delas e fique por dentro de informações, novidades e eventos do projeto e de outras redes de mulheres empreendedoras.

Para inspirar as pessoas ligadas à área da educação e a comunidade em geral a enxergarem novas competências e habilidades de empreender nos negócios e na da vida, o Sebrae Minas e o Sebrae Nacional criaram o Centro Sebrae de Referência em Educação Empreendedora (CER). Por meio da plataforma online é possível ter acesso a informações atualizadas sobre educação empreendedora, biblioteca com indicação de literatura de referência no tema, estudos e pesquisas mais recentes sobre tendências e melhores práticas na área.

Por lá, são divulgados conteúdos desenvolvidos pelo Sebrae Minas em parceria com instituições de ensino e organizações do setor. Com o compromisso de aliar teoria e prática, o CER funciona também como um suporte às atividades já desenvolvidas pelo Programa Nacional de Educação Empreendedora do Sistema Sebrae com alunos dos ensinos fundamental, médio e superior e na educação profissional.

Acesse a Plataforma do CER e conheça mais sobre educação empreendedora.

Causar impacto positivo e ampliar a perspectiva das sociedades de forma sustentável é o sonho de negócio de muita gente. Alie toda essa vontade à  possibilidade de gerar renda e transformar a realidade de várias pessoas. Pronto! Temos aí uma receita perfeita de empreendedorismo social.

O que são negócios sociais?

Ao pé da letra, os negócios sociais são empresas que nascem com o objetivo de resolver um problema social ou ambiental de uma coletividade, sem perder de vista os desafios e possibilidades diversas do mercado.

Que fique claro que negócio social não é caridade nem filantropia. Pelo contrário, esse modelo de negócio é autossustentável no longo-prazo, ou seja, consegue gerar a própria receita com a venda de produtos ou serviços. Isto é feito para cobrir todos os custos, sem depender de doações.

São modelos híbridos de negócios, que geram lucro e comprometimento para minimizar problemas socioambientais, rompendo assim com as tradicionais fronteiras entre setor social e privado, entre os negócios e os impactos sociais.

Vale lembrar que esses empreendimentos partem de um setor da economia pouco conhecido, chamado de Setor 2.5 (Setor Dois e Meio), um segmento que mescla propostas do segundo e do terceiro setores, ou seja, um mesmo modelo de negócio que une a gestão empresarial com as preocupações e cuidados no âmbito socioambiental.

Principais características
  • Tem a missão de minimizar problemas sociais e ambientais.
  • Relaciona sua estratégia com a realidade local em que está inserido.
  • É economicamente viável e autossustentável.
  • Está envolvido na produção ou comercialização de produtos e na prestação de serviços que geram valor para as comunidades de baixa renda.
  • Gera lucro.
  • Emprega e remunera funcionários.
  • Paga imposto.
  • Tende a ser um modelo de negócio inovador.
  • Promove o desenvolvimento das pessoas envolvidas na sua operação.
Oportunidades para empreender

Conheça algumas áreas que podem adequar suas vocações e se tornar boas oportunidades para quem pretende investir em um negócio social:

Água e saneamento básico:

desenvolve e comercializa tecnologia inovadora e de baixo custo para o reaproveitamento e reutilização de água, em comunidade afetada pela estiagem.

Agricultura:

trabalha com a formação de agricultores dentro das técnicas da agroecologia e cria um modelo de distribuição de cestas de produtos orgânicos aos consumidores.

Artesanato:

desenvolve acessórios e brindes artesanais feitos com resíduos gerados da operação de outras empresas e os comercializa, gerando renda para os artesãos.

Canais de distribuição:

rede de venda direta, porta a porta, de produtos artesanais produzidos por grupos de baixa renda, artesãos e pequenos produtores rurais, por exemplo.

Cultura:

prestação de consultoria a espaços culturais como museus para adequação à acessibilidade de pessoas com deficiências auditivas, visuais, mentais ou motoras.

Educação:

creches comunitárias particulares que oferecem educação de alta qualidade e em horário comercial para que os pais possam trabalhar, a um preço acessível para as famílias de baixa renda ou aulas on-line gratuitas de reforço escolar.

Energia:

desenvolve tecnologia para a geração de energia solar a preços acessíveis para famílias sem acesso à rede de distribuição elétrica.

Habitação:

produz e comercializa tijolos ecológicos para baratear o custo em obras de construção em comunidades carentes.

Meio ambiente:

presta serviços a grandes empresas de certificação para obtenção de licenças ambientais e capacitação em manejo sustentável na área de reservas ambientais.

Tecnologia de informação e comunicação:

plataforma on-line de divulgação de dados sobre medicamentos de baixo custo, vacinação e postos de atendimentos de saúde, facilitando o acesso à informação e contribuindo para a prevenção de doenças.

Turismo:

agência de turismo comprometida no desenvolvimento de comunidades locais, oferecendo vivência e conhecimento aos visitantes sobre as manifestações culturais e preparando a população para receber bem os turistas.

Saúde:

consultas e exames médicos de boa qualidade a preços acessíveis para a população de baixa renda ou desenvolvimento de aparelhos médicos com tecnologia de ponta, mas de baixo custo financeiro.

Serviços financeiros:

oferta de crédito ágil e desburocratizado para pequenos negócios excluídos da política do sistema financeiro ou presta serviço de orientação sobre a gestão financeira desses empreendimentos.

Oportunidades para empreender

Para quem busca ajuda para ser um empreendedor social, existem no mercado aceleradoras e fundos especializados que promovem e apoiam o desenvolvimento desse tipo de negócio.

São organizações que oferecem capacitações e orientações para a criação de modelos de negócios sustentáveis com potencial para a geração de impacto social. O apoio se dá por meio de capital semente, capital de risco e empréstimos. Conheça algumas dessas instituições:

  • Artemisia – Potencializa e capacita talentos e empreendedores brasileiros para a geração de negócios de alto impacto social por meio de iniciativas nas áreas de educação, disseminação
    de conhecimento e aceleração de negócios sociais
  • Vox Capital – investe em startups com o objetivo de melhorar o acesso a serviços básicos, como educação, saúde e serviços financeiros, além de contribuir para a redução de desigualdades sociais.
  • Yunus Negócios Sociais Brasil – Rede global de negócios sociais no meio acadêmico, promove capacitações e oferece serviços de consultoria para empresas, governos, fundações e ONGs.
  • Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) – Reúne empresários e investidores em torno de inovações sociais. Fomenta o tema em incubadoras e aceleradoras.

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