O processo de inovação de empresas base tecnológica funciona como uma espécie de mola propulsora do desenvolvimento econômico. A transformação sistêmica de conhecimento em serviços, produtos e processos, melhora o padrão de vida das pessoas. Isso gera emprego e renda de qualidade. Assim, o empreendedorismo inovador é um tema cada vez mais estratégico para a sociedade. No país, infelizmente, é senso comum que ainda exista um gap entre ciência e mercado.
As empresas de base tecnológica são entendidas como empresas que baseiam suas atividades no uso intensivo de conhecimento científico ou tecnológico. A princípio, para isso, utilizam técnicas avançadas ou pioneiras no desenvolvimento de bens e serviços, com alto valor agregado. Desta forma promovem o desenvolvimento científico e tecnológico de um setor ou mesmo de um país.
Para facilitar o processo de inovação, precisamos conhecer os principais mecanismos de geração de empreendimentos inovadores. Como exemplo, podemos citar: incubadoras de empresas; aceleradoras. Além destes, há outros que são responsáveis pela criação, pelo apoio e pela consolidação das empresas de base tecnológica.
Base de empreendimentos inovadores
De acordo com o estudos dos ambientes de inovação em Minas Gerais: empresas, incubadoras de empresas e parques tecnológicos, realizado pelo Núcleo de Tecnologia de Gestão da Universidade Federal de Viçosa, a base para empreendimentos inovadores está contida em pelo menos três tipos de entidades diferentes. Vamos entender o conceito de cada um deles.
Incubadoras
São entidades promotoras de empreendimentos inovadores. Elas têm por objetivo oferecer suporte para que eles possam desenvolver ideias e transformá-las em empreendimentos de sucesso. Para isso, oferece infraestrutura, capacitação e suporte gerencial.
A partir disto, orientam os empreendedores sobre aspectos administrativos, comerciais, financeiros e jurídicos. Alem disso, também orientam sobre questões essenciais ao desenvolvimento de uma empresa.
Aceleradoras
São mecanismos, geralmente privados, de apoio a startups. Normalmente, não estão ligadas a centros acadêmicos. Elas são mais focadas em negócios altamente escaláveis – que podem crescer rapidamente e obter investimento.
São lideradas por empreendedores e empresários com sucesso prévio, capacidade de investimento próprio ou financiadas por capital de risco. Por isso, agregam, em seu entorno, empreendedores, investidores, pesquisadores, empresários, mentores de negócios e fundos de investimento.
Parques tecnológicos
São complexos produtivos industriais e de serviços de base científico-tecnológica. Eles são planejados, de caráter formal, concentrados e cooperativos. Além disso, agregam empresas cuja produção se baseia em pesquisa tecnológica desenvolvida nos centros de P&D vinculados ao parque.
Tratam-se de empreendimentos promotores da cultura da inovação; da competitividade e do aumento da capacitação empresarial. Tudo isso fundamentado na transferência de conhecimento e tecnologia. Além disso, o objetivo é o de incrementar a produção de riqueza de uma região.
As empresas de base tecnológica de todo o mundo contam com o apoio e o suporte de incubadoras de empresas, parques tecnológicos, aceleradoras e outros. Esses mecanismos de geração de empreendimentos inovadores oferecem infraestrutura e serviços. Por sua vez, estes fortalecem as competências das empresas, tornando-as sustentáveis e competitivas num cenário internacional.
Todos os tipos de mecanismos são importantes e complementares. Isto porque já possuem papéis, atividades, práticas e estruturas diferentes. Tudo para o suporte aos empreendimentos. Isso é essenciais aos países que desejam ingressar na era do conhecimento e da indústria 4.0 e fortalecem os ecossistemas de inovação.
Desenvolvimento que gera valor
O desenvolvimento de empresas de base tecnológica e suas tecnologias inovadoras competitivas é um importante mecanismo para o Estado e o país. A partir deles é possível alcançar maior participação no mercado internacional. E deste ponto, gerar produtos, processos e serviços de alto valor agregado.
Nesse sentido, materializar a acumulação tecnológica, na forma de produtos e processos inovadores. Estes são destinados à sociedade. O que constitui um dos mecanismos mais eficientes de se promover o desenvolvimento econômico de países e regiões.
É de conhecimento que o Brasil é um dos países com menor grau de inovação, geração de patentes e investimentos em P&D – Pesquisa e Desenvolvimento e Minas Gerais tem se destacado no que diz respeito à tecnologia e inovação. Logo, isso demonstra que o Estado é um local fértil para consolidação desses empreendimentos inovadores.
Igualmente, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Startups em parceria com a Accenture, Minas Gerais é o terceiro maior polo de startups do Brasil. O Estado supera o Rio de Janeiro, ficando atrás apenas de São Paulo e Santa Catarina. Esse resultado mostra a maturidade do ecossistema de inovação do Estado.
Além disso, na lista das cidades com o maior número de startups no Brasil, Belo Horizonte, a capital mineira, aparece em 3ª posição. Além disso, o município de Uberlândia, localizado no Triângulo Mineiro, aparece em 6ª colocação.
Por conseguinte, no que se refere à eficiência, isto é, à capacidade de gerar startups em relação ao PIB, no Estado de Minas Gerais destacam-se os municípios de Itajubá (1º), no Sul de Minas, e Uberaba (6ª), no Triângulo Mineiro.
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