Sociedade empresarial: é preciso planejar

07/08/2017 | Gestão e Estratégia

Boa parte das micro e pequenas empresas são formadas por sociedade empresarial. Muitas vezes entre membros da família ou entre amigos. É comum o empreendedor escolher os sócios tendo como principal critério a amizade e confiança. Infelizmente, apenas esses critérios não garantem o sucesso.  A escolha de um sócio deve envolver análise e planejamento. Por isso, antes de pensar numa sociedade, tome alguns cuidados. Assim, você diminui desentendimentos e conflitos futuros.

Busque perfis complementares

Os sócios precisam ter habilidades, conhecimentos e atitudes que se complementem. O ideal é que os perfis sejam diferentes. Se um é organizado e tem habilidades com números, enquanto o outro é expert em pessoas, temos uma dupla multifuncional. Essa “união de competências” permite que mais áreas da gestão sejam devidamente acompanhadas. O que contribui para o sucesso do negócio. Quando conhecimento e experiências estiverem claras, será mais fácil definir as áreas pelas quais cada um será responsável. Com papeis definidos, anula-se o risco de a equipe receber orientações conflitantes vindas de diferentes lideranças.

Separe o pessoal do profissional

Para que uma sociedade entre amigos ou familiares dê certo é essencial ter as expectativas alinhadas. O que move os sócios é o mesmo estímulo? Os objetivos casam? Porque existem aqueles motivados por um ideal, alguns empreendem pelo dinheiro, outros querem aproveitar uma oportunidade, e existem aqueles que empreendem achando que vão trabalhar menos. Se não houver este alinhamento, a cooperação entre os sócios pode ser afetada. Imagine que seu desejo é crescer, abrir filiais e seu sócio deseja diminuir o ritmo de trabalho… será complicado conciliar desejos tão diferentes.

A proximidade pessoal não pode se tornar um empecilho para que pontos discordantes sejam abordados. Se você acha que vai ficar “pisando em ovos” sempre que um problema aparecer, é melhor evitar essa sociedade. No caso de empresas familiares, cuide para que os assuntos da família não sejam levados para a empresa, e vice-versa.

Documente as decisões

Uma vez definidas as responsabilidades de cada sócio, é hora de colocar tudo no papel. Além da estrutura organizacional, este contrato poderá tratar de situações como: o que acontecerá em caso de dissolução da sociedade; questões sobre sucessão, saída e morte de um dos sócios; salário (pró-labore); percentual que cada acionista receberá dos lucros da empresa; participação acionária, dentre outros.

Evite a informalidade. É uma questão de segurança tanto para você quanto para o sócio que os acordos estejam documentados. Assim, no caso da ausência de um dos dois, os herdeiros têm de onde partir para novos acordos. Os documentos também os resguardam no caso de futuras desavenças.

Mantenha a comunicação como prioridade

Um dos motivos para se ter um sócio é poder dividir as dores de empreender. Nesse sentido, mesmo que cada um seja responsável por uma área, é importante conversar sobre as dificuldades e as grandes decisões. A comunicação entre os sócios é fundamental!

Se a comunicação for boa, a contribuição ganha espaço e a complementariedade dos perfis traz soluções mais ricas. Problemas se tornam menores e novas ideias para o negócio surgem mais facilmente.

Por tudo o que levantamos até aqui, percebe-se que o planejamento evita dores de cabeça. Você e seu sócio irão “se avaliar” antes de fechar os acordos, documentarão o que for decidido e serão parceiros nas grandes decisões. O papel de sócio é muito importante para ser preenchido em um rompante. Analise, converse, planeje, para não se arrepender quando já for tarde demais.

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