Educação empreendedora: instrumento de transformação

21/08/2018 | Empreendedorismo

A educação empreendedora permite o desenvolvimento das habilidades necessárias para as pessoas atuarem em um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo. Como consequência da globalização e do avanço de novas tecnologias, vivemos em um ambiente de constantes mudanças e desafios que requerem preparação específica.

O ensino do empreendedorismo permite preparar as pessoas para este novo mundo. Muitas ainda conservam a crença de que este é um talento nato. No entanto, empreender é mais um estilo de vida: é um conjunto de comportamentos e habilidades que pode ser desenvolvido.

Também pode ser aplicado em qualquer profissão, não apenas para abrir empresas ou criar negócios.

Entenda por que a educação empreendedora deve ser incluída no nosso sistema de ensino e quais as vantagens que os estudantes podem obter na sua vida profissional com isso!

O que é educação empreendedora?

O principal objetivo da educação empreendedora é desenvolver qualidades e habilidades inerentes ao empreendedorismo, como, por exemplo, a capacidade de enxergar oportunidades, a proatividade e o gerenciamento de risco, entre outras.

Essas competências podem ser desenvolvidas em todas as fases do nosso sistema de ensino, da Fundamental à Superior.

A missão das instituições de ensino é formar cidadãos para o mundo. Assim, entende-se que elas devem desenvolver em seus alunos as competências necessárias para se tornarem profissionais prontos para visualizar oportunidades onde os outros só enxergam problemas.

E essa capacidade pode ser aplicada tanto no ramo empresarial quanto no mundo corporativo.

Entretanto, para desenvolvê-la será necessária a ruptura do modelo de prática educacional que privilegia a transmissão estática de conteúdos, sem estimular reflexão ou aplicação do conhecimento na forma de ações transformadoras.

Para que a educação empreendedora apresente resultados efetivos, o estudante deverá ser capacitado para construir soluções concretas e tecnicamente embasadas; ou seja, aliando a teoria à prática.

Assim, o ensino do empreendedorismo possibilitará identificar problemas e desafios do mundo moderno. Isto faz com que o estudante assuma uma posição proativa frente a eles e elabore estratégias para resolvê-los.

Qual é a importância dela?

Como citado anteriormente, o nosso sistema atual de educação tem um foco na transmissão de conteúdos técnicos e na medição do quanto eles são assimilados pelos estudantes.

Entretanto, ao chegar ao mercado, cada vez mais dinâmico e digital, esses jovens começam a ser cobrados por habilidades que não desenvolveram, como proatividade, autoconfiança, trabalho em equipe, planejamento e criatividade, entre várias outras, dependendo da profissão escolhida.

Estas mesmas habilidades também são essenciais aos empreendedores, que precisam, obrigatoriamente, desenvolvê-las ao abrir uma empresa.

Portanto, a proposta da educação empreendedora é incluir atitudes e disciplinas no currículo escolar visando desenvolver os alunos.

Assim, quando eles chegarem ao mercado, serão não só empreendedores. Eles também serão executivos, autônomos, empregados e servidores públicos muito mais preparados.

Por isso, a educação empreendedora tem uma posição estratégica no campo social e econômico, com a possibilidade de formar profissionais e empresários aptos a viver no ambiente desafiador que temos hoje.

Como implementar nas salas de aula?

A implementação da educação empreendedora na formação dos estudantes passa pela adoção de novas tecnologias, inovando as metodologias de aprendizagem.

As aulas precisam ser estimulantes, com atividades que desenvolvam a criatividade, a colaboração e o pensamento crítico dos alunos.

Neste contexto, é essencial a utilização de metodologias específicas que trabalhem a resolução de problemas com abordagens participativas. Por exemplo, design thinking, gamificação e aprendizagem invertida.

Os conteúdos seriam pensados para estimular a transformação da realidade, por meio da proposta de soluções para problemas práticos.

Os professores de todas as disciplinas poderiam contribuir, trabalhando a interdisciplinaridade e as novas tecnologias em suas aulas. O que poderia criar um ambiente de imersão, propiciando o desenvolvimento das habilidades empreendedoras nos estudantes.

Quais são as vantagens?

Existem diversas vantagens em incluir o ensino do empreendedorismo nas escolas. Entre elas, podemos citar:

  • Desenvolvimento de uma cultura empreendedora

O ensino de disciplinas relativas ao empreendedorismo — como finanças, planejamento estratégico, criatividade, resolução de problemas e gestão de projetos — facilitará a criação de uma cultura empreendedora no país. Isto quer dizer que propiciará um ambiente próprio para estimular o desenvolvimento de novos negócios.

  • Empreendedores mais capacitados

Apesar de ser uma aplicação óbvia, ela impactará muito mais os empreendedores por necessidade. Isto implica em transformação para profissionais que perdem o seu emprego e, por não conseguirem se recolocar, resolvem abrir um negócio.

Estas pessoas estariam muito mais aptas a construírem estes empreendimentos, diminuindo as chances de entrarem para as estatísticas de mortalidade das empresas iniciantes.

  • Profissionais mais capacitados

Aqueles que não desejarem abrir seus negócios poderão aplicar as habilidades empreendedoras dentro das empresas, desenvolvendo o intraempreendedorismo.

Eles poderiam criar soluções inovadoras para os desafios corporativos, tornando as empresas mais competitivas e lucrativas. Consequentemente, contribuiriam para seu crescimento profissional.

  • Desenvolvimento social e crescimento econômico

Uma das características do empreendedorismo é a capacidade de mobilizar pessoas e recursos em prol de um objetivo. O que pode ser começar um negócio ou solucionar um problema coletivo de forma criativa.

Nesse sentido, a educação empreendedora beneficiaria também a sociedade. Isto porque os estudantes que decidissem seguir carreira no setor público seriam mais capazes de lidar com problemas de gestão. O que equilibra a economia e o desenvolvimento social do país.

Os brasileiros têm muita vontade de empreender, mas não conseguem desenvolver as habilidades necessárias durante sua educação formal.

Por outro lado, a sociedade exige cada vez mais que as pessoas sejam proativas. E também que saibam trabalhar em equipe e tenham capacidade de usar a criatividade, assim como a inovação na resolução de problemas.

Esse cenário torna a adoção da educação empreendedora nas escolas uma solução estratégica para desenvolver os estudantes em todas as etapas de aprendizagem.

Por meio dela, pode ser criado um ambiente propício para o desenvolvimento de habilidades empreendedoras. Estas se tornarão as pessoas mais aptas a analisarem problemas complexos, proporem soluções inovadoras e serem agentes de transformação.

https://youtu.be/4KirgDgbiDk

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