21/11/2022 | Finanças
Muitos empreendedores acreditam que para chegar ao valor atrativo e justo de um produto ou serviço, basta somar o preço de custo, à sua margem de lucro e aos demais gastos da operação.
Mas calcular o preço de venda envolve muitos outros aspectos, tais como conhecer o ponto de equilíbrio do seu negócio e os valores praticados no mercado.
Para ser uma empresa com uma política de vendas competitiva, é importante entender todos estes pontos de uma precificação eficiente. O curso gratuito e on-line do Sebrae: Como definir preço de venda pode te ajudar na formatação dos valores para comercialização e fazer com que o seu negócio se torne sustentável.
Acesse o curso: Como definir preço de venda
O curso vai te ensinar o que são gastos, custos e despesas; a importância da margem de contribuição, as etapas da formação do preço de venda e o tão importante ponto de equilíbrio.
Vamos começar entendendo melhor o que são custos e despesas do seu negócio?
Custos e despesas
Definir o seu preço é tão importante quanto a qualidade do que você vende e a estratégia de marketing utilizada para divulgar e comercializar seus produtos e serviços.
Antes de mais nada, você já se perguntou se os valores estabelecido sem sua empresa são realmente justos e competitivos? Para encontrar essa resposta, precisamos pensar um pouco sobre o que compõe um preço de venda e entender o conceito de gastos, custos e despesas.
Você sabe o que são os gastos da sua empresa? Os gastos são todos os bens e serviços adquiridos, compra de matéria-prima e a mão de obra utilizada na fabricação ou prestação do serviço. Na composição financeira do seu negócio, eles se dividem entre custos e despesas.
Os custos estão diretamente relacionados com a produção de um bem ou serviço e são por meio deles que a empresa consegue operar e chegar ao ponto de venda. Portanto, o aumento na produção sempre vai resultar na elevação dos custos.
As despesas estão mais ligadas a gestão do empreendimento e não influenciam ou colaboram diretamente para a produção de um bem ou serviço. Elas têm um papel importante no aumento ou redução dos lucros do seu negócio e, por isso, é importante ter esses valores na ponta do lápis antes de começar a operar.
São exemplos de despesas: contas de telefone, material de escritório, taxas bancárias e pró-labore. De modo geral, elas podem ser fixas ou variáveis.
As despesas fixas são aqueles valores que devem ser pagos independentemente do que foi produzido, como aluguel, Internet, contador e contas mensais. Ao contrário, as despesas variáveis são aquelas que dependem diretamente do quanto a empresa vende ou produz. Comissões sobre vendas e impostos fazem parte desse grupo.
Para manter a organização e o crescimento da empresa é fundamental administrar os gastos, separando a pessoa física da pessoa jurídica.
Essa atitude não só contribui para a elaboração do preço ideal de seus produtos e serviços, como evita eventuais confusões que podem afetar as contas. Estabelecer um valor para sua retirada mensal, por exemplo, ajuda a compreender bem a importância dessa separação porque fornece previsibilidade ao negócio. O pró-labore, remuneração do sócio ou gestor da empresa, precisa ser fixo para que a precificação seja feita de forma correta.
O segundo passo para formular seu preço de venda é entender como descobrir a margem de cada produto ou serviço.
A importância da margem de contribuição
Você sabe o que é a margem de contribuição? Ela é um indicador econômico importante para o seu planejamento financeiro e um dos principais itens dentro de um demonstrativo de resultado ou DRE.
Por meio dela, é possível entender como cada um dos seus produtos e serviços contribuem para o crescimento da empresa.
Com esse indicativo, você consegue apontar se sua receita é suficiente para pagar os custos e despesas fixas, tendo em mente a manutenção da sua lucratividade. Além disso, ele também serve para medir o desempenho e para entender quão saudável está a situação financeira do negócio.
A margem de contribuição também é conhecida como ganho bruto e representa qual será o lucro de venda de cada produto ou serviço e pode ser medida de duas maneiras:
- Unitária: quando a análise é feita sobre um produto;
- Total: quando a avaliação é realizada em toda a capacidade produtiva de um empreendimento.
Para encontrar esse indicador utiliza-se a seguinte fórmula:
Margem de contribuição = Valor das vendas – (custos variáveis + despesas variáveis)
Para saber antecipadamente quanto você precisará vender para pagar seus gastos fixos, vale anotar essa dica:
Se você multiplicar a margem unitária pelo número de unidades vendidas no mês, chegará ao montante de dinheiro destinado ao pagamento dos gastos fixos desse período.
Com isso, é possível se preparar para levantar recursos, caso não venda o suficiente.
Agora que você já conhece o que é a margem de contribuição, chegou a hora de colocar a mão na massa e definir o preço de venda dos seus produtos.
Como definir o preço de venda
Já sabemos que a margem de contribuição é um fator relevante para a formação do preço de venda de um produto ou serviço. No entanto, para formar o preço de venda é preciso ter em mente mais dois pontos:
- Os gastos variáveis e despesas fixas
- A margem de lucro que deseja ter em cada produto ou serviço.
Utilizando a fórmula abaixo é possível entender se a margem calculada está sendo suficiente para cobrir os gastos fixos:
Preço de venda = Gastos variáveis unitários (R$)x 100 [100% – margem desejada (%)]
Achou esta fórmula complicada? Existe uma forma mais rápida de fazer o cálculo para chegar aos novos preços: o markup. Esta é uma taxa aplicada ao custo (gasto) variável que resulta diretamente no novo valor de venda.
Para calculá-lo, basta dividir o preço de venda (PV) pelo valor de aquisição ou produção do bem e/ou serviço (VP).
Essa equação nada mais é que um fator de multiplicação, utilizado para padronizar os preços de venda. Excelente para usar em casos de custos uniformes, mas complexo em casos como o de negociação frequente de descontos com clientes.
Depois de aprender a calcular e definir o preço de venda do seu produto, chegou a hora de equilibrar seus gastos de acordo com a comercialização!
Como calcular o ponto de equilíbrio?
Você sabe quanto é preciso vender por mês para pagar todos os gastos fixos da sua empresa?
O momento em que as vendas e os gastos se igualam é chamado de ponto de equilíbrio. Nesse caso, o lucro da empresa em questão é zero.
Uma maneira de calculá-lo é:
Basta dividir os custos fixos pela margem de contribuição e então multiplicar por 100 para achar a porcentagem.
Em outras palavras, os gastos fixos são divididos pela margem que se deseja praticar.
O cálculo do preço de venda e o gerenciamento da margem de contribuição levam a uma estimativa do quanto é preciso vender em um período para “igualar os gastos e as vendas”.
Isso significa que é possível saber quanto é necessário vender no mês para gerar margens suficientes para o pagamento de todas as despesas fixas.
Mas fique atento! A soma de todas as margens (sobras) de seus produtos ou serviços, podem ser suficientes para cobrir os gastos fixos, mas isso não significa nem prejuízo, nem lucro.
Quando você aprende a formar o preço de venda, passa a ser capaz de estimar o quanto deverá vender para não ter prejuízo.
Com o cálculo do ponto de equilíbrio operacional é possível prever, aproximadamente, o quanto é preciso vender em um período. Para uma administração eficiente é preciso estar sempre alerta as margens praticadas em seus produtos e serviços.
Apresentamos algumas dicas iniciais para conhecer as principais metodologias e ferramentas para definir o preço de venda em sua empresa. Mas é possível ampliar seu conhecimento sobre o tema. O Sebrae disponibiliza diversos cursos gratuitos para empreendedores que querem se destacar no mercado.
Se atualizar e capacitar constantemente é uma maneira de facilitar o processo de empreender. No portal do Sebrae você encontra informações sobre cada um dos tópicos citados acima, além de muitos conteúdos especializados sobre diversos temas de gestão.
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18/11/2022 | Gestão e Estratégia
Você tem vontade de empreender ou ampliar sua atuação no mercado, desenvolvendo uma empresa competitiva e inovadora? O primeiro passo para o sucesso é elaborar um plano de negócios.
Essa ferramenta é superimportante, pois funciona como um retrato do empreendimento, garantindo uma visão estratégica e assertiva. Sua principal função é descrever o que é a empresa e quais são os seus objetivos. O plano pode ser ainda uma excelente forma de calcular seus riscos e avaliar incertezas, minimizando as chances de erro.
Com esse documento em mãos, você pode não só analisar o mercado, mas checar informações antes de tirar a sua ideia do papel. Com ele, é possível perceber também se o seu negócio é realmente viável ou não.
O curso gratuito e on-line do Sebrae: Como Elaborar um Plano de Negócios vai te ensinar como criar este planejamento de forma eficiente para garantir um futuro promissor para a sua empresa.
Acesse o curso: Como elaborar um plano de negócio
Com esta ferramenta, você não só terá uma boa visão do seu negócio, como aumentará muito a possibilidade de construir uma marca forte e perene no mercado.
Veja agora outros benefícios do desenvolvimento de um Plano de Negócios:
- Conhecer bem o mercado em que a empresa atua;
- Alinhar visões e estabelecer acordos internos;
- Criar parcerias e estratégias conjuntas;
- Conseguir empréstimos e serviços financeiros;
- Adquirir crédito para compras;
- Vender os benefícios dos produtos ou serviços;
- Captar recursos de terceiros.
As vantagens de um planejamento estratégico são muitas e você só tem a ganhar estruturando este documento. Para que ele seja completo, você precisa seguir algumas etapas. Vamos conhecer quais são?
Como iniciar o meu planejamento de negócios?
Antes de começar a elaborar o documento, é preciso se questionar sobre a essência do seu negócio, o seu propósito.
O que a organização oferece de valioso para o cliente? A partir daí, é possível pensar em outras questões como foco de atuação e soluções para as necessidades e expectativas dos consumidores.
Descrever de forma detalhada como o negócio será construído ou expandido, utilizando prazos, planilhas de custos e previsão de receitas, é uma forma de planejar com segurança os próximos passos da empresa.
Enxergar o seu produto ou serviço também faz parte do processo de elaboração de um plano. Quando o empreendedor possui o que chamamos de “Visão Míope”, ele não tem consciência ampla sobre o mercado de atuação e as necessidades dos clientes. Sem informações, ele se restringe a definir o seu negócio pelos produtos e serviços oferecidos e não pelas demandas dos consumidores.
Mas quando o empresário trabalha construindo uma Visão Estratégica, ele consegue entender o valor da entrega de sua atividade, indo além do serviço ou produto ofertado.
Após estes levantamentos iniciais, é hora de colocar a mão na massa e construir o seu planejamento estratégico!
Montando um Plano de Negócios eficiente
Para que o plano seja um retrato fiel da sua empresa, a coleta de dados precisa ser bem cuidadosa. Veja abaixo algumas dicas.
- Informações: é importante reunir alguns dados como, por exemplo, quais produtos e serviços serão ofertados e em qual local o empreendimento vai funcionar.
- Ramo de atividade: é fundamental detalhar qual o ramo de atividade e quais são as possibilidades de atuação no segmento.
- Mercado consumidor: é indispensável ainda estudar a fundo o consumidor. Este conhecimento ajuda a responder outras questões importantes, tais como: O que produzir? Que serviço prestar? Qual será o ponto de venda? Como será a demanda potencial? Qual o perfil do público-alvo?
- Mercado fornecedor: selecionar e pesquisar quais serão os fornecedores do seu negócio também interfere diretamente na entrega e atendimento do seu público-alvo. É aqui que você vai encontrar equipamentos, máquinas, matéria-prima, mercadorias e outros materiais necessários para fazer o seu negócio girar.
- Concorrentes: quais são as pessoas ou empresas que oferecem produtos ou serviços semelhantes aos que você pretende comercializar? Analisar aspectos como pontos fortes e fracos, fidelidade da clientela, preço, entre outros, é importante para definir estratégias de diferenciação.
- Análise financeira: elaborar uma estimativa de resultados e gastos, além de uma projeção de capital necessário para começar, é fundamental.
- Processo operacional: como será feito o trabalho e quem deverá fazer. Qual material será utilizado? Com que equipamento? Quando?
- Projeção do volume de produção, de venda ou de serviços: qual a disponibilidade de pessoal? O que procura o mercado consumidor? Qual a capacidade de recursos materiais?
Cumprida a etapa de coleta de dados, chega momento de organizar as informações.
Estruturando seu Plano de Negócios
Vamos entender quais tópicos compõem a estrutura deste documento?
- Sumário executivo;
- Descrição da empresa;
- Análise de mercado;
- Plano de marketing;
- Plano operacional;
- Plano financeiro.
Apesar de começar pelo sumário executivo, essa é a última parte que será executada ao elaborar esse registro. Como ele será um resumo da empresa e do plano de negócios, não faz sentido começar por ele sem os dados e informações coletadas, certo?
Na descrição da empresa devem constar relatos sobre o surgimento, tempo de existência, parcerias e trabalhos realizados. Se for começar o negócio do zero, é importante descrever sua motivação para a criação e em qual contexto surgiu a ideia.
Nesse tópico, você precisa inserir também a missão da empresa. Aqui, é necessário saber responder algumas perguntas como a sua função no mercado, porque o negócio existe e quais são os pontos de diferenciação, por exemplo.
E por fim, ainda nesta etapa, é de suma importância que você faça a descrição legal da empresa. Você deverá informar a atividade, forma jurídica e enquadramento tributário.
Análise de mercado
Um segmento de mercado é um conjunto de pessoas ou empresas com características similares.
Uma questão que ajuda a entender o público-alvo é se perguntar: quem e o que estão comprando? Quais são seus hábitos de consumo, renda, estilo de vida, formação, nível cultural e moradia?
Com essas informações em mãos é possível definir alguns detalhes como os canais de distribuição, política de preços, promoções e planos de comunicação.
Da mesma maneira é essencial conhecer os concorrentes e entender os formatos de atuação, precificação, benefícios, características e porque os clientes compram ou não dele.
Plano de Marketing
Aqui vale se perguntar: como minha empresa irá ofertar os produtos e serviços?
Uma boa estratégia de divulgação busca descrever e diferenciar os produtos, sua qualidade e utilidade.
Saber se vale a pena optar por propaganda, promoções ou ações de marketing digital, são decisões dessa etapa do plano de negócio.
Importante lembrar que todo planejamento deve considerar ações que não só atraiam o cliente, mas o fidelizem.
Plano operacional
Como a empresa irá desenvolver ou comercializar seus produtos e serviços?
A forma de executar os serviços, produzir ou vender estará presente nesse ponto do documento. Qual o tempo essa produção vai demandar? Quais equipamentos serão utilizados? Quantos funcionários estarão envolvidos?
Além disso, é aqui que será avaliada a capacidade de distribuição, armazenamento, número de funcionários, qualidade dos equipamentos e disponibilidade dos fornecedores.
O projeto e a planta do espaço físico estarão descritos também nessa etapa do planejamento. Como estarão organizados os equipamentos e infraestrutura?
Outra parte importante do plano operacional é a descrição de cargos e quantidade de pessoas necessárias para o bom funcionamento do negócio.
Para finalizar, é importante compreender qual a capacidade produtiva do negócio e quantos clientes poderão ser atendidos com essa infraestrutura.
Plano financeiro
Sabemos que toda empresa busca ter lucro e, consequentemente, crescer, não é mesmo?
Com o plano financeiro é possível apresentar em números todas as ações planejadas e atestar, ou não, a viabilidade do negócio.
Se a conclusão é de que o empreendimento pode dar certo e existe demanda e espaço no mercado para sua implementação, chegou a hora de descrever qual o custo para tirar o projeto do papel. Nele deverão constar:
- Investimentos fixos: aqui entram equipamentos, móveis e veículos.
- Investimento pré-operacionais: reformas e registros.
- Capital de giro: recursos para financiar clientes na venda a prazo, pagar fornecedores e eventuais despesas.
Feito isso, é hora da análise comparativa. É aqui que entram receitas e custos, projeção do faturamento, variáveis e despesas. Com esses dados é possível gerar um dos mais importantes documentos dessa fase: o demonstrativo de resultados (DRE).
Com essas etapas concluídas, é possível medir indicadores relevantes como o tempo de retorno do capital investido, faturamento mínimo, lucratividade e a receita total.
Aqui, apresentamos algumas dicas iniciais para entender como funciona a elaboração de um Plano de Negócios. Mas é possível ampliar seu conhecimento sobre o tema. O Sebrae disponibiliza diversos cursos gratuitos para empreendedores que querem se destacar no mercado.
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18/11/2022 | Finanças
Manter a saúde financeira do seu negócio é tão importante quanto desenvolver ou entregar um bom produto e serviço para o mercado. Mas executar uma gestão eficiente envolve controle e organização.
Para começar a compreender o que é fluxo de caixa, vale responder a algumas perguntas:
- Você sabe quanto dinheiro entra e sai do seu negócio?
- Você já pensou no caminho que ele está seguindo e para onde este dinheiro vai?
- Quais são os gastos e entradas mais importantes para você?
Para evitar surpresas desagradáveis é fundamental manter o equilíbrio financeiro do seu empreendimento, sabendo controlar o fluxo de caixa.
Falhas no planejamento e na previsão de prazos, pagamentos e recebimentos podem resultar em escassez de recursos para arcar com os principais gastos da empresa como salário, aluguel e fornecedores, por exemplo.
A falta de controle financeiro pode interferir ainda na tomada de decisões e no desempenho de um negócio, impedindo uma eventual realocação de verba.
Com o curso gratuito do Sebrae “Como controlar o fluxo de caixa” você adquire propriedade para gerir o seu negócio com controle das finanças e planejamento.
Acesse o curso: Como controlar o fluxo de caixa
Vamos entender melhor sobre como funciona o fluxo de caixa?
É muito comum iniciar um negócio com foco total no produto ou serviço oferecido. Mas é pouco provável que uma ideia sustente um empreendimento sem controle eficaz de todo o fluxo financeiro, tanto de entradas quanto das saídas de dinheiro.
Basicamente, o fluxo de caixa é um raio-x das finanças e ajuda o empreendedor a manter em dia a saúde da empresa.
Instrumento de planejamento e controle financeiro, o fluxo de caixa prevê ainda o registro de toda movimentação dos recursos de um empreendimento. Um bom gestor tem em mente que é preciso monitorar esses valores com frequência.
Tentar controlar as contas de cabeça pode parecer mais fácil, mas esse método, a longo prazo, pode levar seu negócio à falência.
Confira a estrutura e informações essenciais dessa ferramenta conhecida como fluxo de caixa:
- Vendas feitas à vista pela empresa;
- Vendas a prazo;
- Pagamentos realizados pela empresa;
- Previsão sobre capital de giro;
- Condições de promoções;
- Negociação de prazos com fornecedores;
- Expansão da empresa de forma estratégica.
Como você pode ver, é por meio do fluxo de caixa que sua empresa adquire estabilidade contábil. Por ser tão relevante, é necessário se assegurar de atualizá-lo e analisá-lo com frequência.
Uma boa maneira de gerir o dinheiro do seu negócio é utilizando planilhas de controle de caixa e conciliação bancária. Por meio delas, você tem uma visão ampla do setor financeiro, tomando as melhores decisões e controlando os gastos que estão por vir.
Apesar de ser um dos países com mais empreendedores no mundo, segundo pesquisa realizada pelo Sebrae com mais de 3 mil empresários, o Brasil tem cerca de 46% dos brasileiros que não planejam receitas e despesas para os próximos 6 meses.
Ainda em relação ao mesmo levantamento, 34% dos empreendedores não separam o dinheiro da empresa do dinheiro pessoal. E esse é um dos principais motivos para o descontrole das finanças de um negócio.
Ter um pró-labore, ou salário de dono, ajuda a organizar as contas e evita eventuais desequilíbrios. É importante se lembrar de não exceder a remuneração paga a um profissional disposto a realizar o seu trabalho.
E lembre-se: o pró-labore também deve ser registrado como saída. Fixar o valor para ser retirado mensalmente pode evitar surpresas.
Registrando entradas e saídas
Uma das maneiras de controlar o fluxo de dinheiro, tanto pessoal quanto da empresa, é realizando uma gestão financeira adequada.
Com a planilha em mãos, separe os valores referentes à entrada de recursos, como comercialização de ativos, por exemplo, e despesas (compra de equipamentos, veículos e imóveis).
Realizar esse controle diariamente é o que possibilita planejar o futuro e os próximos passos. Mas não se esqueça: sempre anote a data em que você recebeu o dinheiro ou depositou o cheque.
As entradas devem ser consideradas como os recursos que sua empresa recebeu à vista, seja em dinheiro, cartão de débito ou Pix, ou valores que serão compensados no momento da compra.
Pagamentos parcelados ou quantias que a empresa receberá posteriormente, devem ser anotados como contas a receber.
Registrar as saídas diariamente deve fazer parte da rotina, pois permite a identificação de todas as contas e tributos a pagar, evitando multas e juros provenientes de atrasos ou falta de controle.
Esse registro também pode solucionar alguns desafios como:
- Tomada de decisões relacionadas aos prazos de pagamento;
- Adiamento dos pagamentos de dívidas e negociação de multas e juros;
- Priorização de pagamentos na hipótese de dificuldades financeiras.
Por fim, tome cuidado com as saídas não registradas. Esquecer de anotar uma despesa pode afetar todo o planejamento e desorganizar o seu financeiro e também o caixa mensal.
Os benefícios do fluxo de caixa
Provavelmente, se você chegou até aqui, já sabe da importância da gestão financeira em seu negócio.
Ter o controle das finanças de um empreendimento ajuda não só a enxergar o presente, mas prever o futuro. Para avaliar se sua empresa tem disponibilidade de caixa e liquidez é preciso analisar o saldo diariamente.
Não se esqueça que o saldo representa o resultado das entradas menos as saídas!
Vamos conhecer agora os principais benefícios de se adotar um fluxo de caixa em sua empresa?
- Projeção das necessidades de capital de giro;
- Antecipação à falta de recursos;
- Antecipação de pagamentos;
- Planejamento e execução de ações estratégicas nas vendas;
- Fornecimento de dados financeiros para cálculos de indicadores.
Dicas importantes
É comum relevar pequenos gastos diários, principalmente os de baixo valor. Mas você sabia que eles podem representar uma quantia considerável no final de um mês ou de um ano?
Ter um lugar para guardar todos os papéis da empresa, de forma organizada e de fácil acesso, pode ajudar nessa fase de adaptação com os registros diários de entradas e saídas. Guardar comprovantes, mesmo os de valor reduzido, pode ser uma ótima maneira de garantir que todas as saídas serão registradas.
Vamos de mais dicas para manter o controle do processo financeiro do seu negócio?
- Não adquira dívidas a longo prazo;
- Não gaste mais do que ganha;
- Registre todas as suas contas a pagar. Se possível adicione um lembrete com as datas para quitação dos débitos;
- Antecipe pagamentos que oferecem descontos;
- Em caso de problemas, renegocie.
Além do controle de caixa e das contas a pagar, é importante se atentar a alguns pontos como a análise do seu saldo, o controle do estoque, sazonalidades e cálculo do capital de giro.
Para as empresas com saldo negativo que optem por linhas de crédito ou financiamentos oferecidos por bancos, é fundamental verificar os valores registrados na planilha de caixa futuro. Não se esqueça de consultar as taxas de juros para evitar assumir parcelas superiores à sua capacidade de pagamento.
Para fazer uma boa projeção das finanças você vai precisar reunir dados históricos como fluxo de caixa das semanas e meses anteriores, além de uma previsão das demandas com estimativas de custos de produção e investimentos.
Começando a montar a sua planilha
Para dar início ao registro de todas as transações financeiras do seu negócio se atente a algumas práticas importantes:
- Guarde notas fiscais, boletos e comprovantes. Tente organizar utilizando o nome da empresa, mês e ano;
- Não deixe de solicitar os comprovantes de pagamento ao realizar compras. Eles são importantes para o momento de fazer os lançamentos no caixa;
- Mantenha a planilha de caixa sempre preenchida;
- Pense bem no risco de aceitar cheques pré-datados e até mesmo a utilização de cartões de crédito;
- Avalie a possibilidade de juntar dinheiro semanalmente;
- Quando for anotar os valores recebidos ou pagos, especifique o dia, valor e ao que se refere.
Apresentamos algumas dicas iniciais para entender como funciona a elaboração de um fluxo de caixa e a importância de saber os dados financeiros do seu negócio. Mas é possível ampliar seu conhecimento sobre o tema. O Sebrae disponibiliza diversos cursos gratuitos para empreendedores que querem se destacar no mercado.
Se atualizar e capacitar constantemente é uma maneira de facilitar o processo de empreender. No portal do Sebrae você encontra informações sobre cada um dos tópicos citados acima, além de muitos conteúdos especializados sobre diversos temas de gestão.
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18/11/2022 | Marketing Digital
Você sabe quais são as redes sociais mais adequadas para construir a presença digital da sua empresa e se comunicar de forma eficaz com o público?
Atualmente, com o desenvolvimento dessas plataformas, a Internet se tornou um terreno fértil para a divulgação de produtos e serviços. Calcula-se que o Brasil tenha mais de 171 milhões de usuários ativos nas redes, um número que aumenta a cada ano, segundo levantamento da RD Station.
De acordo com o mesmo levantamento, o número de usuários atuais corresponde ao dobro dos que estavam ativos em 2014. Deste total de usuários, 45,3% são do gênero masculino e 54,7% feminino.
Com o curso gratuito do Sebrae “Sua empresa nas redes sociais”, você vai aprender a identificar as vantagens e desafios de cada uma das plataformas e ainda a montar a melhor estratégia para atuar de forma consistente em cada uma delas.
Acesse o curso: Sua empresa nas redes sociais
Conhecer os aplicativos mais usados e baixados no país, é uma boa forma de avaliar o mais adequado para se relacionar com o seu público-alvo.
O Brasil é um dos países com o maior tempo diário gasto em redes sociais quando se fala de Instagram, Facebook, TikTok e YouTube, por exemplo, apresentando uma média de 3 horas e 49 minutos por usuário.
Investir em um perfil comercial nas redes pode ser uma ótima opção para a sua empresa, já que 61,5% das pessoas com acesso à Internet buscam informações sobre marcas e produtos nesses aplicativos, segundo a pesquisa realizada pela RD Station.
Mas antes, vamos conhecer quais são as redes sociais mais usadas pelos brasileiros?
Top 10 redes sociais do Brasil
1° WhatsApp:
Segundo uma pesquisa do Relatório de Visão Geral Global Digital 2022 da We Are Social e Hootsuite, o aplicativo de conversas é o que possui mais adesão em todo o país. São 165 milhões de brasileiros conectados.
Com o aprimoramento da plataforma, já é possível postar stories, procurar informações, adquirir produtos e serviços e realizar transferências monetárias.
Acessado por mais de dois bilhões de pessoas, em cerca de 180 países, o aplicativo também oferece interação com clientes, listas dinâmicas de produtos e melhores resultados no atendimento com o WhatsApp Business.
2° YouTube
Com cerca de 2,56 bilhões de usuários ativos no mundo, a plataforma de vídeos é vice-campeã de acessos no Brasil.
São diversos temas, assuntos e conteúdos disponibilizados. Por esse caráter plural, o YouTube atrai um público diverso e só no país são 138 milhões de pessoas conectadas.
Criada em 2005, a plataforma tinha o objetivo de solucionar o problema de envio de arquivos de vídeo por e-mail.
A história mudou, e hoje, milhares de pessoas atuam como influenciadores digitais especificamente nessa rede. Alguns dos chamados youtubers fizeram carreira e se consolidaram nessa “profissão” relativamente recente.
3° Instagram
Com a proposta de ser uma rede social de imagens, o Instagram reúne, só no Brasil, cerca de 122 milhões de usuários.
Atualmente, são diversos os formatos de conteúdos disponíveis como o feed, stories, vídeos, reels e a possibilidade das lives, com transmissões ao vivo.
Além disso, existe a opção de selecionar para quem seus conteúdos de stories serão mostrados com a funcionalidade “amigos próximos”.
A rede se tornou bastante útil para empresas divulgarem seus produtos e serviços. Por meio do aplicativo e sua integração com o Facebook, é possível criar uma loja virtual e vender pelo próprio perfil da empresa.
4° Facebook
Com muitas funcionalidades, a quarta rede social com mais usuários no Brasil, o Facebook liderou por muitos anos os primeiros lugares no mundo todo antes de surgirem outros aplicativos no mercado.
Com 116 milhões de pessoas somente no Brasil, por meio da plataforma é possível compartilhar fotos, vídeos, localização, páginas e muito mais.
As empresas podem ainda patrocinar postagens, criar páginas, lojas virtuais, agendar posts e analisar relatórios das métricas.
5° TikTok
Com 73,5 milhões de pessoas utilizando o aplicativo no país, o TikTok surgiu em 2014 com a proposta de unir música e dublagens de vídeos.
A proposta divertida e animada de produzir conteúdo, é uma ótima opção para divulgar serviços e produtos para o público jovem.
Durante a pandemia, o aplicativo atingiu seu ápice e passou a ser uma das redes sociais mais baixadas do mundo.
6° Facebook Messenger
Apesar de fazer parte do Facebook, o aplicativo pode ser baixado separadamente e funciona com um aplicativo de mensagens assim como o primeiro colocado, o WhatsApp.
Por meio dele é possível enviar imagens, vídeos e ainda configurar bots e respostas inteligentes. Mais uma ótima opção para se relacionar e se comunicar com os seus clientes.
O alcance da rede chega a aproximadamente 65,5 milhões de pessoas, sendo também uma alternativa para divulgação por meio de anúncios.
7° LinkedIn
Com 56 milhões de brasileiros, a rede social é excelente para estabelecer contatos profissionais, mostrar autoridade, divulgar serviços e produtos, participar de comunidades, trocar experiências e realizar recrutamentos.
Lançada oficialmente em maio de 2003, a plataforma conta com um modelo de negócios diversificado e receita proveniente de assinaturas, vendas de publicidade e soluções em recrutamento.
A maior rede profissional do mundo, conta com mais de 850 milhões de usuários em cerca de 200 países e territórios.
8° Pinterest
Com o formato semelhante a uma ferramenta de pesquisas, a plataforma conta com um público de 46 milhões de pessoas e concentra, em sua maioria, usuários do sexo feminino. É bastante usada para busca de referências de fotos e gifs, além de uploads de imagens para divulgação.
É ainda uma excelente maneira de guardar e coletar informações de diversos setores como moda, arquitetura, casamento, design e dicas de organização.
É possível, inclusive, criar pins patrocinados e atingir seu público-alvo.
9° Twitter
Um dos canais mais disputados por políticos em todo o mundo, a plataforma conta com cerca de 465 milhões de usuários no planeta, 19 milhões destes, só no Brasil.
Com uma proposta de microblog, as mensagens curtas encantaram a audiência. Seu auge veio em 2020, possivelmente quando debates calorosos sobre temas como política, pandemia, jogos, reality shows e muito mais, vieram à tona.
Com grande relevância jornalística, o Twitter cresce a cada dia, e pode ser uma ótima opção de fonte de leads para o seu negócio.
10° Snapchat
Criada em julho de 2011, a plataforma faz sucesso entre os jovens. Com uma proposta de envio e postagens de mensagens multimídias disponíveis por um curto período, a rede acumula 7,6 milhões de usuários só no Brasil.
Recomendada para engajar usuários para eventos, ela pode ser muito interessante para a sua empresa.
Com o Snapchat empresas é possível criar conteúdos e filtros com imagens baseados em geolocalização, por exemplo.
Atualmente a rede social é acompanhada por cerca de 589 milhões de pessoas no mundo, sendo 7,6 milhões no Brasil.
Agora que conhecemos mais um pouco sobre cada uma das redes sociais disponíveis, vamos entender como elaborar o planejamento digital da sua empresa?
Qual a melhor rede social para a sua empresa?
Algumas perguntas devem ser realizadas na hora de selecionar a plataforma ideal para o seu negócio como:
- Meu público-alvo tem o mesmo perfil daqueles que utilizam essa rede social?
- O perfil da minha empresa se encaixa nessa plataforma?
- Posso divulgar meus produtos nessa rede?
- Essa plataforma comporta a estratégia de atuação da minha empresa?
Falar com o público certo é essencial para ter sucesso com sua estratégia de marketing digital. Conhecer cada rede social e pesquisar se sua persona se encaixa no perfil, é uma boa oportunidade para acertar na hora de escolher.
Outra dica importante é conhecer o seu concorrente. Verifique em quais redes ele está e em qual delas existe uma atuação melhor. Para avaliar a concorrência, também é possível utilizar ferramentas de pesquisa. Com elas você chega mais rápido em determinados assuntos e otimiza seu tempo. Na hora de pesquisar utilize palavras-chave, interesses e habilidades, por exemplo.
Não deixe também de participar de comunidades e grupos. Essa é uma dica preciosa para identificar melhor seus potenciais clientes.
Não se esqueça de que tão importante quanto produzir boas imagens e vídeos, se comunicar de forma sempre clara e concisa é essencial em tempos tão dinâmicos!
Apresentamos algumas dicas iniciais para você conhecer e atuar em cada uma das dez redes sociais mais acessadas no Brasil. Mas é possível ampliar seu conhecimento sobre o tema. O Sebrae disponibiliza diversos cursos gratuitos para empreendedores que querem se destacar no mercado.
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17/11/2022 | Empreendedorismo
Você associa o empreendedorismo unicamente à abertura de um negócio?
Na verdade, este termo trata de um conceito muito mais abrangente e que vai além do universo empresarial. A atitude empreendedora pode ser uma característica não só de proprietários de empresas, mas também de profissionais de todos os tipos e áreas, trazendo inúmeros ganhos para a sociedade.
Determinadas qualidades são fundamentais para uma atuação empreendedora de sucesso. A iniciativa, curiosidade e o apreço por desafio são algumas das características dos profissionais que se destacam no mercado. O curso on-line e gratuito do Sebrae: Comportamento Empreendedor pode te ajudar a direcionar estas ações de planejamento e liderança para construir um perfil empreendedor vitorioso.
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Empreendendo no Brasil
O brasileiro tem alma empreendedora e segundo uma pesquisa realizada pela GEM (Global Entrepreneurship Monitor) em parceria com o Sebrae, só em 2021, o país tinha 43 milhões de pessoas à frente de um negócio. O Brasil é também a nação que mais abre empresas per capita no mundo. Em uma sociedade com alto índice de empreendedorismo, se torna então, fundamental aprofundar a respeito do tema e conhecer as ferramentas e características que definem um líder de uma empresa promissora.
Sabemos que são inúmeros os desafios enfrentados por pessoas que querem abrir um negócio ou por empresários já estabelecidos. Cerca de 90% dos CNPJs ativos são de Microempreendedores Individuais (MEI) e muitas vezes, a falta de preparo destes profissionais acaba dificultando ainda mais a sua atuação em um mercado com tanta concorrência.
Para se preparar para o mundo dos negócios é necessário se aprofundar um pouco mais sobre o processo de empreender.
Mente empreendedora
O empreendedorismo pode ser compreendido como arte de fazer acontecer com criatividade e motivação. É ter satisfação em realizar com sinergia e inovação qualquer projeto, seja pessoal, ou profissional. Consiste também em assumir um comportamento proativo e estar sempre em busca do autoconhecimento e do aprendizado constante.
Apesar de ser difícil encontrar uma definição absoluta sobre o tema, pesquisas indicam algumas características recorrentes em mentes empreendedoras:
- Criatividade, inovação e transformação;
- Senso de independência e autonomia;
- Disponibilidade de correr riscos e resiliência;
- Perseverança, otimismo e paixão.
Vamos conhecer um pouco mais sobre cada uma dessas características?
Qualidades do empreendedor
Criatividade e inovação são atitudes fundamentais de todo empreendedor e por meio das quais novas ideias, produtos e serviços se concretizam. A busca por soluções para desafios, o aprimoramento de processos e a apresentação de respostas para inúmeras situações do dia a dia, também fazem parte desse comportamento.
A inovação, por exemplo, não necessariamente se aplica a grandes invenções ou ideias mirabolantes. Muitas vezes pode estar simplesmente relacionada às pequenas adaptações de um produto ou serviço, que vai se transformando com o tempo.
O senso de independência e a autonomia são outros traços da personalidade de boa parte dos empreendedores. Diretamente relacionados à proatividade, pessoas com essas características não costumam esperar uma ordem para executar ações ou resolver problemas que surgem.
Mas essa característica deve vir acompanhada de outra ainda mais importante, já que é comum, pessoas muito proativas tomarem as rédeas das situações. A capacidade de trabalhar em grupo e o senso de coletividade devem ser desenvolvidos por um líder.
Liderar e gerenciar as pessoas que farão parte do seu negócio e dar atenção aos colaboradores serão de extrema importância para a empresa se desenvolver de forma sólida e com um time empenhado em participar desse crescimento.
Agora que sabemos as principais características de um bom empreendedor, é importante analisar outros fatores fundamentais para uma gestão sustentável e promissora.
Planejamento e cálculo de risco
Todo empreendedor enfrenta desafios em sua jornada, mas o planejamento estruturado pode ajudar nos percalços e fazer com que a empresa continue crescendo.
A previsão das despesas é um dos primeiros passos na estruturação de um novo negócio. Fazer um levantamento de custos prévio é a forma adequada para não ter surpresas no caminho.
Gastos como aluguel ou compra de um imóvel, matérias-primas, móveis, equipamentos, impostos, taxas, salários e questões trabalhistas, por exemplo, devem ser previstos com base no capital aportado e na estimativa de receita.
Além da previsão de investimentos, é importante pensar sobre o faturamento que o negócio irá gerar. Fazer uma pesquisa aprofundada sobre o mercado em que sua empresa irá atuar é também uma das etapas iniciais a serem concluídas. E uma das ferramentas que podem te ajudar nesse percurso é a realização de um Plano de Negócios.
A receita é um valor que pode ser estimado e com esse documento você conseguirá fazer um levantamento detalhado sobre tendências de crescimento. Uma dica é fazer estimativas de diferentes panoramas para não se surpreender no futuro. Você deve incluir os fatores citados acima e entender como o negócio se comportaria em um cenário tanto otimista quanto pessimista, já que as coisas podem sair diferentes do esperado.
Mesmo calculando os riscos e planejando com cuidado os próximos passos, é comum se frustrar e fracassar nas primeiras tentativas. É aí que entra em cena o poder da resiliência. Uma característica que também faz parte do portfólio de empreendedores que não tem medo de arriscar.
De fato, são inúmeros os obstáculos enfrentados por todo empreendedor e uma boa dose de perseverança e otimismo são necessários para lidar com fatores que independem do empresário.
Após conhecer os primeiros passos para a construção de uma nova empresa, é hora de tirar seu projeto do papel.
Como transformar uma ideia em um negócio de sucesso
Muitas vezes ideias revolucionárias acabam não se concretizando. Os motivos para isso são inúmeros, mas um deles deve ser considerado antes de tirar qualquer empresa do papel: a visão de oportunidade.
Algumas perguntas podem ajudar a entender se esse projeto é promissor ou não:
- Qual o valor para desenvolver esse produto ou viabilizar esse serviço? O preço final para o cliente é atrativo?
- Qual será o seu público-alvo? Existe uma demanda real pelo produto ou serviço ofertado?
- Qual a logística necessária para entregar ou armazenar esse produto? Onde ele será vendido?
- Ele vai afetar a cultura de um local? Os impactos são negativos?
- Quem são os concorrentes?
Analisar a viabilidade do seu projeto de forma cuidadosa é importante, mas a capacidade de adaptação é um fator fundamental para qualquer empresário de sucesso. Afinal, não só de acertos vive um empreendedor, não é mesmo?
Em alguns casos, ajustar um conceito já existente pode transformar seu negócio em um empreendimento promissor.
Usar o ponto de partida das necessidades ou problemas de um público-alvo pode ser uma ótima ideia para iniciar o estudo sobre o seu negócio. Você já vai ter uma visão ampla sobre o consumidor e suas necessidades. O próximo passo é pesquisar valores e o mercado para executar e atender essa demanda.
Se você já tem uma empresa, foque em seu aprimoramento! Empreendedores são profissionais inquietos que buscam sempre qualidade e ajuste dos seus processos. Com os dados do seu produto ou serviço já em circulação, é possível visualizar pontos negativos e focar em melhorias.
Potencializando o comportamento empreendedor
Você sabia que durante os momentos de descanso, soluções para problemas complexos e ideias inovadoras podem surgir? Dessa forma, outro ponto importante para o empreendedorismo é investir em hobbies e tempo livre.
É o que acredita o sociólogo italiano Domenico De Masi, que há duas décadas criou o conceito de ócio criativo e revolucionou a maneira de enxergar o trabalho e a produtividade. Ele afirma que conciliar de forma equilibrada lazer, trabalho e estudo, são maneiras de aliar racionalidade e emoções, propiciando um ambiente fértil de criatividade.
Aproveitar as experiências profissionais passadas e ficar atento às tendências do mercado também são formas de empreender com conhecimento e uma boa bagagem. Mesmo que seu negócio tenha sucesso, se atualizar e saber as novidades da área são fundamentais para manter seu negócio competitivo.
Apresentamos algumas dicas iniciais para entender o conceito de empreendedorismo e as características desses profissionais de sucesso. Mas é possível ampliar seu conhecimento sobre o tema. O Sebrae disponibiliza diversos cursos gratuitos para empreendedores que querem se destacar no mercado.
Se atualizar e capacitar constantemente é uma maneira de facilitar o processo de empreender. No portal do Sebrae você encontra informações sobre cada um dos tópicos citados acima, além de muitos conteúdos especializados sobre diversos temas de gestão.
Se precisar de ajuda, acesse os nossos canais de atendimento e descubra outras dicas úteis para fazer o seu negócio decolar.
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