As relações de trabalho, seja nas corporações ou em atividades autônomas, muitas vezes se apresentam bem desafiadoras. A gestão do ambiente de trabalho chega a ser mais desafiadora que novos projetos ou, que o cumprimento de metas. Ela é uma missão para os trabalhadores, para órgãos de gestão de pessoas e micro e pequenos empresários. Isto porque as relações interpessoais mal geridas interferem diretamente no desempenho dos negócios.
Cabe compreender que, diferente das relações pessoais, a opção das pessoas com quem iremos conviver não é tarefa nossa. Ela é tarefa das empresas. Também é preciso ter em mente que estas relações se estabelecem na medida em que trabalhamos. E isso demanda tempo.
Para tanto, ao longo do dia, migramos entre as relações horizontais e as verticais. As horizontais se formam entre as pessoas de um mesmo grupo de trabalho. Já as verticais surgem da interação entre superiores e subordinados. Isso vale para quem é empregado e para quem tem sua empresa. Isto porque os papeis se alternam ao logo do dia, mesmo que os cargos tenham hierarquias diferentes.
E, quem nunca se sentiu fragilizado, intimidado ou até mesmo esgotado por uma relação no trabalho?
Sob pressão, o ser humano reage a este desconforto com atitudes de isolamento ou de esvaziamento da relação de trabalho. Um atrito gera disputas internas e distanciamento, que se não for gerido pode se tornar irreversível. Isto prejudica a empresa, a equipe de trabalho e o empregado. Por isso, é preciso refletir sobre a forma de atuar, evitando os atritos. Mas como criar um ambiente de trabalho saudável?
Ambiente de trabalho saudável
A escritora mineira Leila Ferreira, em uma de suas obras fala que “Viver dói. Mas não viver dói mais, pois nos condena ao nada, nos rouba da nossa humanidade”.
Neste sentido, para criar um ambiente de trabalho saudável, é preciso algumas atitudes. Entre elas estão: valorização das relações humanas, respeito aos limites e particularidades e prática de empatia. Também é necessário fazer o exercício da tolerância, tendo em vista que somos diferentes.
Mas se você se encontrar em uma situação difícil, há dicas que podem ajudar a não sucumbir ao isolamento. Confira algumas atitudes proativas que você pode adotar como solução aos conflitos:
Invista em autoconhecimento – Reconhecer suas qualidades, limites e falhas possibilita a construção de relações duradouras e saudáveis. Por isso, autoconhecimento é uma ótima ferramenta para manter um ambiente de trabalho mais saudável.
Reflita sobre as causas – Entenda os motivos que impactam esta relação. Saber o que faz a convivência difícil pode ajudar a superar os conflitos. Então, quando estiver em uma situação real pergunte-se “qual é a razão para isto estar acontecendo? ” e busque as soluções;
Dedique-se de corpo e alma – Lide com as relações de trabalho com o mesmo empenho das relações pessoais. Os resultados de um ambiente saudável muitas vezes é apenas fruto de uma entrega.
Coloque-se no lugar do outro – Exercite a empatia. Ela ajuda a compreender melhor o ponto de vista do outro. Isto porque nos ensina a falar menos e ouvir mais. Quando ouvimos a necessidade do outro, somos capazes de entender suas dificuldades, e promover soluções coletivas mais criativas.
Mantenha o profissionalismo – Seja objetivo. E, acima de tudo, não personalize suas relações no trabalho. É importante saber separar o pessoal do empresarial. Na dúvida esclareça as situações. Uma relação de trabalho tem que ter espaço para discussões saudáveis e respeitosas em busca de soluções para a empresa.
Aprimore sua inteligência emocional – Saiba identificar seus sentimentos e o dos outros. Isso ajuda a se comunicar de forma mais clara. E também, aperfeiçoa a relação com o outro, no ouvir, no falar e no agir.
Administre as falhas
Dicas e ferramentas não impedem que algo saia do planejado e que em algum momento algum conflito possa se estabelecer. E aí? E se todo seu esforço não alcançar os resultados esperados?
Para as ocasiões em que as atitudes proativas não alcancem o que se esperava, pode ser necessário acionar instâncias superiores. Supervisores, coordenadores, gerentes, o dono da empresa. Enfim, quem for o responsável por orientar as relações existentes na empresa. Esta pessoa pode contribuir com condução do assunto conflituoso.
Nesta etapa, é recomendável que se tenha um diálogo aberto, franco e bem fundamentado. E que se relate o desconforto e os impactos na produtividade, para a devida tomada de decisão. Mas não se esqueça de manter o respeito ao próximo e a visão organizacional. Isso deixa claro o propósito de solucionar o conflito e de não tornar o assunto uma questão pessoal.
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