Franchising mantém ritmo acelerado

19/07/2018 | Franquias

A Associação Brasileira de Franchising (ABF) é responsável por promover o desenvolvimento técnico e institucional do modelo de negócios no Brasil. E por isso realiza pesquisas que auxiliam na evolução do Franchising brasileiro. Dessa forma, a cada trimestre ela divulga como foi o desempenho das redes de franquias no Brasil.  Essa pesquisa pretende auxiliar as pessoas que querem realizar investimentos e os empresários nas suas decisões estratégicas.

O cenário econômico brasileiro no primeiro trimestre de 2018 não correspondeu completamente às expectativas dos especialistas e economistas. No entanto, alguns economistas continuam otimistas e acreditam que a economia irá se recuperar. E com isto o PIB irá atingir o percentual previsto para esse ano. Também é importante contextualizar que os índices de confiança do empresário e do consumidor já aumentaram segundo o mesmo período do ano passado e a inflação se mantém estável.

O sistema de franquias mais uma vez demonstra ser um modelo de negócios seguro e apresentou um crescimento de 5,1% segundo o mesmo período do ano passado e 7 % em relação ao trimestre anterior.  Os motivos que explicam o crescimento do Franchising mesmo em momentos que a economia atravessa fases complicadas são: a evolução de processos e investimentos em inovação, como foi observado em outra pesquisa da ABF, e pelo amadurecimento das redes e melhorias nas gestões.

Nesse período, alguns dos segmentos apresentaram maior crescimento e se destacaram. É o exemplo do segmento de hotelaria e turismo que cresceu principalmente em função do turismo internacional e das facilidades apresentadas nos modelos de e-commerce. Outro segmento que segue com bom desempenho é o de serviços, principalmente o de serviços de logística. Lazer e entretenimento também começaram o ano com bons resultados especialmente no ramo de brinquedos e jogos ou games.

Há algum tempo, já observamos como o segmento de alimentação está consolidado. No primeiro trimestre, houve crescimento no número de unidades, provocado pela eficiência das operações e também por ações de marketing e comunicação.

A geração de empregos é uma característica muito importante do sistema de franquias. E isto tem grande relevância no cenário brasileiro que ainda apresenta altas taxas de desemprego.

No segundo trimestre deste ano, o crescimento foi de 0.9% em relação a 2017, chegando a 1.199.861 até o momento e espera-se que até o fim ano esse número cresça 3% em relação ao ano passado. Outro indicativo importante é o número de lojas que abriram e o número de lojas que fecharam.

Até o segundo trimestre, houve um crescimento de 2,2% na abertura de lojas e de 1,2% no número de lojas fechadas, concluindo o período com um saldo positivo e com previsões de melhora até o fim do ano.

Uma informação muito interessante divulgada na pesquisa representa uma mudança que começa a acontecer na localização das unidades. Dessas: 65% se encontram nas ruas, 21% nos shoppings, 4% nos supermercados, 0,9% nos terminais de transporte e 4,9% home office.

Mas a maior mudança está acontecendo em razão do crescimento do número de unidades em locais menos convencionais como: condomínios residenciais e comerciais; clubes e universidades. Isso demonstra uma grande oportunidade e reflete as mudanças no mercado de franquias. Nele as maiores redes estão investindo na expansão por meio de outros formatos como, quiosques e unidades móveis.

Analisando os modelos de operação de franquias, o mais comum ainda permanece como o modelo de lojas. Ele representa 88% do mercado, apesar de ter apresentado uma ligeira queda desde 2017. Modelos carrinhos/Bike, truck, store in store, virtual, home-based já demonstraram tímido aumento e os quiosques decresceram 0,2% em relação à 2017.

Um indicador importante para quem deseja investir em franquias é o número de participação de vendas por canal. O número de vendas por lojas próprias caiu de 24% em 2017 para 11% em 2018. Já as vendas através de lojas franqueadas aumentaram de 71% para 82% de um ano para o outro.

E até o momento, 42,31% das redes utilizam e-commerce como canal de vendas. Esse já é um número bastante significativo apesar de apenas 1% das vendas serem realizadas através desses canais. Os outros modelos de distribuição de vendas, home based, venda direta, container, televendas e app cresceram de 3% para 6% no trimestre.

Por fim, ressaltamos o bom desempenho do Franchising brasileiro. E também as boas perspectivas até o fim do ano de 2018. Neste ano, as previsões para o faturamento são de aumento de 7 a 8%, 2.800 redes franqueadoras e crescimento de 3% nas unidades. Muitas decisões estratégicas podem ser tomadas com base nas informações da pesquisa. E com elas é possível a melhoria das unidades e das redes já existentes.

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*Artigo originalmente publicado em outros meios pelo autor
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